O dólar opera em baixa ante o real em meio a um apetite moderado por ativos de risco no exterior, após abrir com viés de alta nesta segunda-feira (31). Em dia de disputa técnica da Ptax (taxa de referência para operações de câmbio) do fim de julho, os investidores ajustam posições nos primeiros negócios de olho em novos estímulos ao consumo e ao setor imobiliário na China, enquanto esperam o relatório de empregos dos EUA, o payroll, na sexta-feira (4).
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Aqui, ajudam também à queda do dólar as revisões para baixo no boletim Focus das expectativas de inflação para 2023 e 2024, o que corrobora para um cenário favorável para corte da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira.
No mercado financeiro, a maioria das casas consultadas (70%) mantém a estimativa de um corte inicial de 0,25 ponto porcentual, segundo o Projeções Broadcast. O número de casas que estima uma primeira redução maior, de 0,50 ponto, porém, aumentou: agora, são 26 de 88 (30%).
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No Focus, a projeção para a inflação oficial – IPCA – em 2023 voltou a recuar ante a semana anterior, de 4,90% para 4,84% – apenas 0,09 ponto porcentual acima do teto da meta deste ano (4,75%). Para 2024, foco da política monetária, a projeção baixou marginalmente, de 3,90% para 3,89%. A expectativa para 2025, que deve passar a ter peso minoritário nas decisões do Copom a partir desta semana, seguiu em 3,50%. No Copom anterior, em junho, as medianas eram de 5,12%, 4,00% e 3,80% para os três anos, respectivamente.
Hoje os investidores vão monitorar uma reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o presidente da Febraban e os dirigentes dos principais bancos do País. Com o fim do recesso no Congresso, amanhã, os parlamentares devem recomeçar as discussões sobre a reforma tributária no Senado, onde o texto deve sofrer alterações em relação ao aprovado pela Câmara.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, não se comprometeu com a aprovação da reforma tributária no Senado em 60 dias, como está nos planos do governo. Para Tebet, a maior ameaça à reforma é o aumento de exceções para o setor de serviços.
No exterior, o dólar opera sem sinal único frente divisas emergentes, mas sobe ante peso chileno, peso mexicano, após anúncio de novos estímulos ao consumo na China. A valorização de commodities limite ganhos da divisa americana em relação também a seus pares principais. O índice DXY também tem viés de alta. Mas o euro ganhou força após o crescimento do PIB da zona do euro de 0,3% no segundo trimestre, mais do que o previsto, com a economia do bloco deixando para trás a recessão técnica em que havia entrado no trimestre anterior.
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Às 9h36, o dólar à vista caía 0,22%, aos R$ 4,7206, após abrir com viés de alta e subir até R$ 4,7380 (+0,15%). O dólar para agosto, contrato futuro mais negociado a partir de hoje, perdia 0,39%, aos R$ 4,7485.