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Bolsas da Europa fecham impactadas por contração da indústria

Em Londres, o FTSE 100, recuou 0,43% a 7.666,27 pontos

Bolsas da Europa fecham impactadas por contração da indústria
Pedestre caminha em frente à Bolsa de Valores de Londres 24/08/2015 REUTERS/Suzanne Plunkett

As bolsas europeias fecharam em baixa nesta terça-feira, com investidores temerosos com o setor industrial da zona do euro e da China, que tiveram índices de gerentes de compras (PMIs) industriais abaixo do esperado divulgados nesta manhã.

Em Londres, o FTSE 100, recuou 0,43% a 7.666,27 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt,  fechou em queda de 1,26%, a 16.240,40 pontos. O CAC 40, em Paris, caiu 1,22%, a 7406,08 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, também teve perdas, de 0,97%, a 29.356,16 pontos. Em Madri, o índice Ibex 35 recuou 1,50%, a 9.493,60 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 teve queda de 0,90%, a 6080,25 pontos. As cotações são preliminares.

Hoje, o PMI industrial da zona do euro atingiu o nível de contração mais alto dos últimos 38 meses, em
42,7. Além disso, o PMI da indústria alemã, também divulgado hoje, caiu a 38,8 em julho e aponta para
uma forte contração. Os índices abaixo de 50 indicam que o setor está regredindo, e na China, o PMI
industrial ficou em 49,2, o que indicou que a recuperação econômica do país está ainda mais fraca do que o esperado e que os incentivos à demanda podem não ser tão efetivos assim.

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Para a Capital Economics, os estímulos do governo chinês devem garantir uma volta ao crescimento ainda em 2023, mas a evolução será modesta. Já segundo a gestora SPI Asset, “Muitos especialistas preveem que as principais indústrias econômicas da China podem enfrentar dificuldades, pois o governo hesita em fornecer estímulos substanciais devido a preocupações com a alavancagem financeira”.

Outro dado que aumentou o temor dos investidores europeus, a taxa de desemprego na zona do euro segue a níveis historicamente baixos, o que aumenta a chance do Banco Central Europeu precisar elevar os juros em mais 25 pontos-base na próxima reunião de política monetária. Ainda segundo a Capital Economics, o dado do desemprego mostra que o mercado de trabalho apertado “vai demorar para passar”, e a taxa de juros não deve ser cortada até o segundo semestre de 2024.

Os indicadores do dia se sobrepuseram à euforia dos balanços trimestrais otimistas divulgados hoje, que
contiveram as perdas do FTSE 100, quando comparado aos pares na zona do euro. Em destaque, o HSBC
dobrou lucro e teve acréscimo de 50% em sua receita, e os papéis do banco britânico subiram 1,45% na
bolsa de Londres.

Já a britânica BP anunciou que vai lançar um programa de recompra de ações no valor de US$ 1,5 bilhão e deixou investidores otimistas, mas os papéis perderam fôlego ao longo do dia. No fim do pregão, as ações da petrolífera que operaram no positivo ao longo da maior parte do dia fecharam em leve queda de 0,09%.

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