Os juros dos Treasuries tiveram queda firme nesta sexta-feira, após o payroll apontar geração de emprego mais fraca que o esperado nos Estados Unidos e corroborar aposta pelo fim do ciclo de aperto do Federal Reserve (Fed). O movimento permitiu um alívio na ponta longa da renda fixa, cujos retornos dispararam nas sessões anteriores.
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Perto do fechamento das bolsas de Nova York, o rendimento da T-note de 2 anos caía a 4,782%, o da T-note de 10 anos baixava a 4,052% e o do T-bond de 30 anos cedia a 4,205%.
A criação de 187 mil postos de trabalho em julho ficou aquém da expectativa de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 205 mil. Embora a taxa de desempenho tenha caído a 3,5%, os números dos meses passados tiveram considerável revisão para baixo.
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Na sequência da divulgação do relatório, a curva futura expôs o aumento na probabilidade de o Federal Reserve (Fed) manter os juros ao longo dos próximos meses, o que impôs pressão aos prêmios dos títulos públicos. O quadro abriu espaço para uma correção, após os ganhos dos rendimentos da ponta longa, em uma semana marcada pela decisão da Fitch de rebaixar o rating soberano dos EUA.
Para a Capital Economics, o cenário confirma a expectativa por cortes de juros do Fed em ritmo mais rápido que o precificado. Assim, os rendimentos da T-note de 10 anos deve cair para 3,25% até o fim de 2023, pela previsão da consultoria. “Continuamos acreditando que os rendimentos dos Treasuries de longo prazo cairão no restante de este ano”, avalia.
O BMO Capital Markets, por outro lado, avalia que a reação ao payroll foi exagerada. “O cenário inflacionário não justifica cortes nas taxas em nenhum momento até pelo menos meados de 2024”, pontua.