O cobre fechou hoje em alta nesta segunda-feira (14), na contramão dos demais metais básicos, enquanto os investidores mantém a segurança e voltam os olhares ao setor imobiliário chinês, que há muito já dá sinais de fraqueza, após a incorporadora chinesa Country Garden suspender a negociação de seus títulos onshore. O metal passou maior parte do dia em queda, e entrou em território positivo no fim do pregão, depois de encerrar a semana passada em queda de mais de 3%.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para outubro subiu 0,64%, a US$ 3,7430 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses teve alta marginal de 0,08% por volta de 14h15 (de Brasília), a US$ 8.301,50.
Na semana passada, a incorporadora Country Garden estimou prejuízo de US$ 7,6 bilhões no primeiro semestre, com um tombo de 60% nas vendas em julho ante igual mês do ano anterior. Em resposta, a ação da companhia bateu mínimas históricas e a Moody’s rebaixou sua avaliação da empresa, que apresenta “liquidez enfraquecida” e suspendeu a negociação de 11 títulos onshore.
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Segundo o ANZ, o mercado de metais como um todo foi afetado. “As preocupações com a liquidez de uma das maiores incorporadoras imobiliárias do país, a Country Garden Holdings Co, trouxeram de volta ao foco o problemático setor imobiliário. Qualquer falha em pagar sua dívida prejudicaria o já frágil sentimento no país”.
Para o analista da Marex Edward Meir, agora os mercados seguem cautelosos após a suspensão, e de olho nos próximos dados da China que saem no fim desta semana. “Agora, os mercados estarão esperando por dados atualizados sobre a produção industrial da China, os preços das casas e as leituras do PIB”, afirma.
Entre outros metais negociados na LME sob vencimento de três meses, no horário citado, a tonelada do alumínio caía 1,42%, a US$ 2.147,50; a do chumbo recuava 1,39%, a US$ 2.099,50; a do níquel caía 0,76%, a US$ 20.120,00; a do estanho recuava 3,91%, a US$ 25.420,00; e a do zinco tinha perdas de 1,63%, a US$ 2.359,00.
