Os rendimentos dos Treasuries operam sem direção única nesta terça-feira, seguindo dados mistos de varejo, indústria e setor imobiliário dos Estados Unidos. A ponta longa dos rendimentos chegou a renovar máximas desde o final do ano passado, mas o movimento arrefeceu ao longo da tarde.
Leia também
No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos cedia a 4,948%, o da T-note de 10 anos avançava a 4,216% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 4,319%.
Pela manhã, os juros ganharam fôlego após o avanço mais forte do que o esperado nas vendas do varejo dos EUA em julho renovar expectativas de que o Federal Reserve (Fed) pode não ter finalizado seu ciclo de aperto monetário, avalia a Oanda. Na máxima intraday, a T-note de 10 anos chegou ao seu maior nível desde outubro de 2022, a 4,267%, e quase alcançou máximas desde 2008, antes do movimento perder força.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Os rendimentos foram abalados pelo aumento da aversão ao risco em Nova York, diante de queda acentuada no índice de atividade industrial Empire State e recuo inesperado na confiança das construtoras, segundo leitura do NAHB. Os dados fracos levantaram incertezas sobre a resiliência da economia americana e dos próximos passos de política monetária do Fed.
Para o BMO, a ata da última reunião monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), a ser divulgada amanhã, deve oferecer um contexto melhor para a interpretação dos dirigentes para o estado atual da economia americana.
Em relatório, a Capital Economics analisa que a o rali recente nos juros dos Treasuries demonstra que o impacto total do aperto monetário do Fed ainda está sendo absorvido pela economia e que a resiliência da atividade por si só não será suficiente para motivar novas elevações nas taxas. A consultoria projeta ainda que “uma queda no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo semestre deste ano é muito mais provável do que uma aceleração”.
No radar, investidores japoneses estão ampliando compras de títulos americanos, sob especulações de que o aperto monetário do Fed está próximo do fim, reporta o Nikkei. Segundo o jornal, as compras líquidas de instrumentos de dívida dos EUA de médio a longo prazo atingiram um recorde de 13,6 trilhões de ienes (US$ 93 bilhões) no Japão durante o primeiro semestre, conforme apontado por dados do Ministério das Finanças do Japão. O número marca um recorde para um período de seis meses desde 2014, início da série histórica.
Publicidade