- Ibovespa chega na margem dos 115 mil pontos e fecha pela 12ª vez consecutiva em queda
- As três ações que mais valorizaram no dia foram IRB Re (IRBR3), Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3)
O Ibovespa hoje fechou em queda de 0,50%, aos 115.591,52 pontos e com volume negociado de R$ 48,77 bilhões. O recuo marca uma série de 12 quedas consecutivas, algo que não era visto desde 1970, segundo o Broadcast, quando o índice permaneceu em baixa entre 26 de maio e 11 de junho daquele ano.
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No início desta quarta-feira (16), o principal índice acionário da B3 chegou a ganhar folêgo e registrou sucessivas altas, avançando 1% perto das 12h, na máxima de 117.337,65 pontos. Contudo, virou para queda após a ata do Fomc (Federal Open Market Committee), comitê de política monetária dos Estados Unidos.
“Membros do Fomc reforçaram que a inflação dos preços ao consumidor de 12 meses ainda segue elevada, o que azedou os mercados”, aponta Fabio Louzada, economista, analista CNPI e fundador da Eu me banco.
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A ata é referente à reunião de 26 de julho, quando o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) elevou a taxa de juros para a faixa de 5,25% a 5,50% ao ano.
Para Marcos de Marchi, economista chefe da Oriz Partners, o comunicado demonstrou que a maioria dos membros ainda percebe riscos altistas significativos para a inflação e, assim, poderá ser necessário um novo aperto da política monetária no futuro.
Já o otimismo inicial da Bolsa, segundo Louzada, foi motivado pelo avanço de ações do setor de commodities, como Petrobras (PETR3; PETR4), cujos papéis fecharam em alta de 2,95% e 2,20%, respectivamente. “A petroleira subia hoje com investidores repercutindo bem o reajuste dos combustíveis”, diz o especialista.
O dólar e o euro caíram 0,01% e 0,28% frente ao real na sessão, atingindo os R$ 4,99 e R$ 5,42, respectivamente. Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 0,76%, 0,52%, 1,15%, respectivamente.
As três ações que mais valorizaram no dia foram IRB Re (IRBR3), Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3).
IRB Re (IRBR3): +11,86%, R$ 44,25
Liderando as altas do Ibovespa, IRB aparece após o Citi elevar a recomendação da ação de venda para neutro. Segundo Lozada, o argumento da instituição foi que a empresa tem se esforçado em melhorar a rentabilidade. A companhia também divulgou o balanço do segundo trimestre de 2023 em que mostrou um lucro de R$ 20,1 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 373,3 milhões do período anterior.
A IRB Re está em alta de 7,61% no mês. No ano, acumula uma valorização de 71,51%.
Magazine Luiza (MGLU3): +7,22%, R$ 2,97
Após registrar queda no pregão anterior, a varejista se destaca como a segunda maior alta, em um movimento de recuperação, segundo o economista-chefe da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti, ao Broadcast. De acordo com o especialista, o recuo ocorreu em decorrência dos números reportados nos balanços, que “vieram bem pressionados por juros altos”.
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O Magazine Luiza reportou um prejuízo líquido de mais de R$ 300 milhões e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 284 milhões, queda de 38% sobre o mesmo período de 2022.
A Magazine Luiza está em baixa de 11,34% no mês. No ano, acumula uma valorização de 8,39%.
Via (VIIA3): +7,1%, R$ 1,81
Assim como ocorre com Maganize Luiza, a Via se recupera nesta quarta, após acumular perdas em agosto, impulsionadas pelo desânimo do mercado com os números do 2T23. A companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 492 milhões, revertendo o lucro de R$ 6 milhões do mesmo período de 2022.
A Via está em baixa de 16,2% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 24,58%.
*Com Estadão Conteúdo
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