O dólar tem queda global e frente o real na manhã desta quinta-feira (17) diante da valorização de commodities e o alívio nos retornos dos Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) de dois anos. O minério de ferro subiu 4,34% em Dalian, na China, cotado a US$ 105,09 a tonelada. Já os preços futuros do barril de petróleo subiam mais de 1% há pouco.O recuo da moeda americana reflete uma realização, após ganhos recentes acumulados.
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Operadores relatam um apetite leve por moedas mais arriscadas induzido por medidas da China, como intervenção com venda de dólares para minimizar a desvalorização da moeda local e mais promessas de apoio financeiro do Banco do Povo da China (PBoC) para dívida de governos locais, moradia popular, após sinais de contágio da crise imobiliária no setor financeiro.
A companhia Zhongzhi, da China, afirmou a investidores que enfrenta uma crise de liquidez e que conduzirá uma reestruturação da dívida, segundo uma gravação em vídeo de uma reunião. A Zhongzhi é uma empresa importante de gerenciamento de riquezas no país. Sediada em Pequim, ela informou sobre os problemas em reunião com investidores nesta quarta-feira, registrada em vídeo.
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Os pagamentos não realizados da Zhongrong International e seu segundo principal acionista, Zhongzhi Enterprise, não parecem representar um grande risco de contágio por enquanto, diz a CreditSights. A Zhongrong supostamente deixou de pagar produtos fiduciários em vencimento, disseram os analistas Zerlina Zeng e Karen Wu da CreditSights.
A mídia informou que as plataformas de gestão de patrimônio de Zhongzhi também deixaram de pagar aos investidores. Como o valor de mercado da Zhongrong e os fundos afetados são bastante pequenos, com resgates um tanto inflexíveis, o contágio deve ser contido por enquanto. Ainda assim, o sentimento do mercado vai piorar ainda mais, em um possível teste para a estabilidade financeira, aponta a empresa de pesquisa de mercado.
Na renda fixa, os juros mais longos adotam viés positivo, acompanhando as taxas dos títulos do Tesouro americano de dez e 30 anos, ajudando a limitar a valorização do real e pares emergentes ante o dólar. Neste caso, pesam as expectativas de mais aperto de juros do Federal Reserve, após sinais hawkish da ata da última reunião do BC americano, divulgada ontem á tarde, embora também indique que os dirigentes pretendem reagir aos indicadores em suas próximas decisões.
O CME Group apontava mais cedo 86,5% de chance de manutenção dos juros americanos na faixa de 5,25% a 5,50% em 20 de setembro, após a ata do Fed.
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Às 9h40, o dólar à vista caía 0,29%, a R$ 4,9722. O dólar para setembro caía 0,34%, a R$ 4,9855.