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Moedas globais: dólar fecha em queda ante euro e libra, após dados dos EUA

Possível nova alta de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) também está no radar dos investidores

Moedas globais: dólar fecha em queda ante euro e libra, após dados dos EUA
Moedas Globais. Foto: Envato Elements

O dólar fechou em queda ante o euro e a libra, em meio a expectativa pelo fim do ciclo de aperto do Federal Reserve (Fed) após dados de emprego e atividade abaixo do esperado nos Estados Unidos, enquanto a persistência da inflação na Alemanha sinaliza possível nova alta de juros pelo Banco Central Europeu (BCE).

Por volta das 17h (de Brasília), o euro subia a US$ 1,0923. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em queda de 0,36%, a 103,157 pontos.

Como previsto pelo ING, a moeda europeia ganhou força contra o dólar enquanto investidores ponderam sobre as diferenças no ciclo de aperto monetário entre o Fed e o BCE, levando o DXY a testar o nível de 103 pontos na mínima intraday. Para o banco, os mercados estão mais convencidos de que não haverá mais aumentos pelo Fed, salvo uma possível surpresa no payroll, e uma mudança no diferencial de juros que beneficie o euro poderia definir o tom para um dólar mais fraco em todo o mundo.

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Hoje, a perspectiva de possível pausa no aperto monetário do Fed foi reforçada por números aquém do esperado na criação de empregos do setor privado em agosto e por uma revisão para baixo na segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo trimestre.

Na contramão, a possibilidade de nova alta pelo BCE em setembro foi impulsionada pela persistência da inflação na Alemanha, que registrou alta de 6,1% na leitura preliminar de agosto, acima do esperado pelo mercado. Dirigente do BCE, Mário Centeno afirmou que os juros devem permanecer restritivos por algum tempo, mas notou que os riscos negativos para a economia estão claramente se materializando.

Já a libra avançou a US$ 1,2719. A CMC Markets analisa que a moeda britânica teve bom desempenho neste pregão, apesar de dados indicando desaceleração na oferta de crédito ao consumidor, o que “deve servir como alerta para o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) de que a política monetária já está suficientemente apertada’

Contra a moeda japonesa, o dólar avançava a 146,29 ienes, revertendo as perdas registradas após o dirigente do Banco do Japão (BoJ) Naoki Tamura sinalizar chance de acabar com as taxas de juros negativas no início do próximo ano, dependendo da trajetória da inflação no país.

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Entre emergentes, o dólar blue caía a 740 pesos argentinos no mercado paralelo, segundo o jornal Ámbito Financeiro. Nesta quarta-feira, o Banco Central da Argentina (BCRA) comprou dólares líquidos pelo décimo segundo dia consecutivo, encerrando com US$ 21 milhões no mercado de câmbio, e atingiu a maior sequência de alta em quase três meses, totalizando um acúmulo de US$ 2,150 bilhões nas reservas do banco central, informa o Ámbito.

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