O dólar recuou hoje ante o euro e a libra, com as rivais apoiadas por comentários de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), em dia de liquidez limitada devido a feriado nos Estados Unidos, que mantém mercados fechados no país. Porém, a moeda americana subiu contra emergentes, com forte valorização sobre o rublo russo.
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Por volta das 17h (de Brasília), o dólar avançava a 146,49 ienes, o euro subia a US$ 1,0795 e a libra tinha alta a US$ 1,2630. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, tinha queda de 0,11%, a 104,121 pontos.
Como previsto pelo ING, o dólar teve um começo de semana “calmo” devido ao feriado dos Estados Unidos, com o DXY mantendo o nível de 104 pontos obtido na última sexta-feira, após divulgação do relatório de empregos (payroll) americano.
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Em dia de liquidez limitada e agenda relativamente modesta, o foco dos investidores esteve sobre falas da presidente do BCE, Christine Lagarde, e o dirigente Joachim Nagel, ambos reforçando que a inflação na zona do euro segue em níveis elevados, o que tende a gerar expectativas de mais aperto monetário pela instituição. Na contramão, comentários do dirigente Mario Centeno sobre o risco de apertar demais a economia quando o BCE está próximo de retornar a inflação à meta de 2% ficaram em segundo plano.
A Convera projeta que, nesta semana, alguns drivers potenciais de câmbio na Europa são as leituras finais de índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês), encomendas à indústria e produção industrial da Alemanha. Na próxima semana, investidores também acompanham a decisão monetária de setembro do BCE.
Entre emergentes, o dólar subiu a 96,910 rublos, de olho em negociações geopolíticas entre a Rússia e a Turquia, após encontro dos presidentes Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan. Em coletiva, Putin afirmou que a participação dos pagamentos em moedas nacionais entre a Rússia e a Turquia está crescendo em transações comerciais bilaterais e a participação do dólar e do euro está em declínio. O líder russo também descartou a volta do acordo de grãos no Mar Negro com a Ucrânia se as potências ocidentais não aceitarem as exigências do Kremlin.