A pesquisa de setembro da XP, realizada com escritórios filiados à corretora, mostrou uma queda no sentimento positivo dos profissionais em relação à Bolsa. Por outro lado, os clientes desses assessores seguem otimistas. Segundo o levantamento, 98% dos investidores planejam aumentar ou manter a exposição em ações, em linha com o mês anterior.
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A visão positiva dos assessores sobre o mercado de ações teve um tombo de 14 pontos porcentuais em setembro ante agosto, com 71% dos entrevistados dando nota 7 ou maior. Nesta escala de 0 a 10, 32% deram nota 7, enquanto 27% deram nota 8, 5% deram nota 9 e 7% atribuíram nota 10 à Bolsa.
Dos investidores que pretendem elevar ou manter a alocação em ações nos próximos meses, 52% planejam elevar, uma queda de 2 pontos porcentuais em relação a pesquisa anterior, enquanto 46% planejam manter, um crescimento de 13 pontos porcentuais no período.
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De acordo com a XP, em setembro, 53% dos assessores acreditam que o Ibovespa encerrará 2023 entre 120 mil e 130 mil pontos, uma redução de 3 pontos porcentuais ante a pesquisa anterior. “Com um menor otimismo, motivado possivelmente pela queda de 5,1% do Ibovespa em agosto, 30% dos entrevistados acreditam que o índice deve fechar o ano entre 110 mil e 120 mil”, revelou o documento, mostrando um aumento de 23 pontos porcentuais.
Caiu também, neste caso 17 pontos porcentuais, o número de assessores que acreditavam que o Ibovespa pudesse finalizar o ano entre 130 mil e 140 mil pontos, ficando com 11% dos respondentes.
À pergunta “além de renda variável, em quais outros ativos os seus clientes estão interessados?”, o resultado foi o seguinte: 72% responderam fundos imobiliários, leve aumento de 1 ponto porcentual; seguido por Tesouro Direto e renda fixa, com 70%, estável ante a pesquisa anterior, e 60% em fundos de renda fixa, o maior crescimento ante julho, de 15 pontos porcentuais.
A XP revela ainda que todas as categorias de investimento internacional, exceto os fundos de índices (ETFs, na sigla em inglês) e fundos internacionais, mostraram queda no interesse. Títulos de dívida no exterior (bonds) tiveram 47% dos votos, queda de 5 pontos; enquanto fundos internacionais ficaram com 41%, aumento de 5 pontos, ETFs tiveram 39%, alta de 6 pontos; BDRs (recibo de ações de empresas estrangeiras no Brasil) ficaram com 35%, queda de 2 pontos e dólar ficou com 34%, recuo de 7 pontos. Do total, 11% dos clientes não demonstraram interesse em investir no exterior.