Semana do Investidor: a luta pela conscientização no mercado continua

O evento é aberto para pessoas físicas e jurídicas que desejam aprender mais sobre o mercado e tomar decisões de investimentos inteligentes
Investir é um processo que exige paciência, conhecimento e, dependendo do contexto econômico, estômago para volatilidade
Como o investidor enxerga esses desafios e reage é o que define seu sucesso no longo prazo

Até o dia oito de outubro acontece a Semana do Investidor, evento gratuito coordenado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com o objetivo de promover a educação financeira e conscientização dentro do mercado financeiro.

O evento é aberto para pessoas físicas e jurídicas que desejam aprender mais sobre o mercado e tomar decisões de investimentos inteligentes, baseadas em informações seguras. Em sua sexta edição aqui no Brasil, os temas centrais do evento são resiliência do investidor, cripto ativos e finanças sustentáveis.

Investir é um processo que exige paciência, conhecimento e, dependendo do contexto econômico, estômago para volatilidade.

A cultura de investir ainda está em processo de implementação no Brasil. Ainda há muito a ser feito em questão de golpes e pirâmides financeiras, formação de profissionais capacitados para atender e orientar as pessoas e mostrar que, apesar de certos riscos, a bolsa de valores é um dos melhores caminhos para construção de patrimônio e liberdade financeira.

Tenho uma aluna que uma vez disse que gosta mais do urso do que o touro na bolsa de valores, pelo simples fato do urso apresentar o melhor momento para compras.

Parte da resiliência do investidor é exatamente isso: reconhecer que nenhum ciclo é eterno, entender que estar bem posicionado é a chave para lucrar e não se deixar levar pelo medo de uma queda nos preços dos ativos.

A renda variável é volátil e sempre teremos movimentos de alta e de baixa bruscos. Existem desafios. Como o investidor enxerga esses desafios e reage é o que define seu sucesso no longo prazo.

As finanças sustentáveis buscam integrar preocupações ambientais, sociais e de governança nos processos de tomada de decisão financeira, com o objetivo de gerar um crescimento econômico responsável. Além de maximizar retorno financeiro, isso contribui para um mundo mais sustentável e justo.

Hoje já estão disponíveis diversos fundos e ativos com o foco no ESG, financiando empresas que têm em seus valores e missão a prática da sustentabilidade ambiental e social.

O mercado está indo além do lucro. Empresas e investidores estão se unindo no financiamento de projetos sustentáveis, desenvolvendo braço social e montando negócios com esse objetivo.

É dessa forma que mostramos que a bolsa de valores não é apenas para lucrar – apesar de ser o principal objetivo. Ele impacta toda a nossa sociedade em diversas camadas e saber tomar decisões inteligentes e embasadas em conhecimento nos fará investidores e pessoas melhores.