O dólar recuou hoje ante outras moedas principais, em meio a declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e em quadro de maior apetite por risco em geral. O euro, nesse contexto, se fortaleceu, após um dado que mostrou crescimento no superávit comercial ajustado da região e com o Banco Central Europeu (BCE) atento a potenciais riscos de mais inflação.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 149,52 ienes, praticamente estável ante a moeda japonesa, o euro tinha alta a US$ 1,0562 e a libra avançava a US$ 1,2215. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,38%, a 106,648 pontos.
Na agenda europeia, o superávit comercial ajustado da zona do euro cresceu a 11,9 bilhões de euros em agosto. Já a Bloomberg reportou, a partir de fontes, que a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que a instituição monitora o eventual impacto inflacionário do petróleo, diante dos efeitos do conflito Israel-Hamas. O noticiário da guerra seguiu como foco importante, mas não decisivo hoje no mercado cambial.
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Entre dirigentes do Fed, Patrick Harker, presidente da distrital da Filadélfia, defendeu que os juros não sejam mais elevados, mas ponderou que, caso a inflação surpreenda, pode mudar de ideia. Harker também comentou que apoia a ideia de que os juros sigam mais altos por mais tempo, para garantir que se atinja a meta de inflação em 2%. Já Austan Goolsbee (Chicago) disse que a inflação está em “inegável” trajetória de queda, em entrevista ao Financial Times.
Na avaliação da Oxford Economics, os mercados de trabalho ainda fortes devem fazer com que não ocorra uma reversão mais rápida nas políticas monetárias mais duras para conter a inflação. A consultoria diz esperar uma mudança de postura nos bancos centrais em suas políticas monetárias em meados do ano que vem, nesse contexto.
Entre dirigentes do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Huw Pill, economista-chefe, afirmou que a inflação elevada pode exigir uma “resposta monetária persistente” para garantir inflação na meta. A postura do BC britânico colabora para apoiar a libra.