A XP Investimentos estima que o Ibovespa fechará o ano de 2024 aos 136 mil pontos, com cenário-base assumindo taxa de juros de longo prazo em 6%, múltiplo Preço por Lucro (P/L) em 9,0 vezes, e múltiplo dívida líquida por Ebitda (EV/Ebitda) – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – em 5,5 vezes.
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“Continuamos a ver o múltiplo do Brasil como descontado, com o P/L em 7,4 vezes [atualmente], um desconto significativo em relação à sua média histórica de 11 vezes”, afirmam Fernando Ferreira, estrategista-chefe e head do Research, e Jennie Li, estrategista de ações da XP.
Caso o preço-alvo base seja atingido em 2024, representará uma expansão de cerca de 20% em relação à faixa de 114,5 mil pontos registrada nesta tarde. Para o fim de 2023, a estimativa é que o principal índice da B3 feche aos 128 mil pontos.
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Além disso, a XP considera outros dois cenários. Um otimista, que leva em consideração o Ibovespa alcançando 154 mil pontos no final de 2024, com os múltiplos P/L e EV/Ebitda sendo um pouco maior e próximos à suas respectivas médias históricas. Já o pessimista considera o Índice Bovespa fechando o ano que vem aos 108 mil pontos.
Em outubro, o Índice Bovespa fechou em queda de 2,94% e caiu 3,6% em dólares, em meio às taxas de juros de longo prazo mais elevadas nos mercados desenvolvidos, que pesaram sobre os ativos de risco globalmente. A XP lembra que a taxa do Treasury de 10 anos ultrapassou a marca de 5,0% pela primeira vez desde 2007, no dia 23 de outubro.
Ibovespa impulsionado por Petrobras em 2023
No Brasil, a Petrobras (PETR4) tem sido o principal impulsionador do Ibovespa neste ano, segundo a XP: “Nossos cálculos mostram que, sem as ações PETR3/PETR4, o Ibovespa teria acumulado queda de -3,5% e estaria em 106 mil pontos”, diz.
As ações ordinária e preferencial da estatal chegaram a acumular um retorno de 80% e 95%, respectivamente, no acumulado ano, antes de caírem após a proposta de revisão do seu Estatuto Social, que os analistas da XP avaliam como “marginalmente negativa”. Apesar da recente queda, as ações seguem positivas em cerca de 65-75% em 2023.
Mudanças na carteira de novembro
A XP também atualizou sua carteira Top 10 (papéis que são ‘top picks’, principais escolhas da corretora) para novembro. O peso da Petrobras PN foi reduzido para 7,5%, com menor otimismo por conta das recentes mudanças apresentadas pela empresa, mas o da Vale ON (VALE3) subiu para 7,5%.
No setor de varejo, Grupo Mateus ON (GMAT3) substitui Assaí ON (ASAI3) devido ao valuation mais atrativo.
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Além disso, a corretora retirou Localiza ON (RENT3) do portfólio por conta de uma visão macro mais dura no curto prazo, avaliando que há assimetrias mais positivas na dinâmica de lucros de outras empresas, e passou a adicionar Sabesp ON (SBSP3) devido a uma visão construtiva com o processo de privatização e perspectivas de melhora operacional da empresa.
Assim, a carteira contempla os nomes Copel (CPLE6), Equatorial (EQTL3), Grupo Mateus, Itaú Unibanco (ITUB4), M. Dias Branco (MDIA3), Petrobras, Prio (PRIO3), Sabesp, Rumo (RAIL3), e Vale.