A Constância Investimentos não tem como objetivo figurar nas listas de “melhores fundos do ano”, pois sua avaliação é que a estrela de agora pode facilmente se tornar um destaque negativo em um período de volatilidade. O objetivo, como o nome diz, é a “constância” de resultados, e isso é buscado por meio de uma estratégia sistemática – que tem feito os fundos da gestora se segurarem com ganhos no ano apesar dos solavancos do mercado.
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O fundo de ações Constância Fundamento, que completa 15 anos em janeiro, possui entre 110 e 115 empresas na carteira, sendo que o maior peso tem no máximo 4%, conta Luiz Fernandes, diretor comercial da Constância. O fundo acumula alta de 1,85% no ano até outubro, ante valorização de 3,11% do Ibovespa, e desde seu início sobe 274,15%, ante 70,91% do índice de referência. “Pode não ser ‘o melhor do ano’, mas a gente prefere a consistência a grandes rompantes”, diz Fernandes.
Segundo o diretor, a gestora trabalha com fundos quantitativos, ou seja, em uma estratégia sistemática na qual cerca de 100 indicadores de análise tradicional de balanço analisam 240 empresas brasileiras na Bolsa. As cinco principais características analisadas são valor, qualidade, crescimento, risco e fatores técnicos. Paralelamente, há uma área discricionária, para que “a cabeça humana” some aos algoritmos.
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Atualmente, o fundo de ações tem aproximadamente R$ 1,3 bilhão de patrimônio líquido e há um fundo multimercado, com R$ 350 milhões. Grande parte do dinheiro vem dos investidores institucionais, cerca de 75% do passivo da gestora. Fernandes diz que isso se deve ao perfil mais defensivo e de horizonte longo dos fundos, o que está alinhado aos mandatos de fundos de pensão, e ao apetite por estratégias sistemáticas, já difundidas nos Estados Unidos.
O Constância Fundamento FIA e o Constância Absoluto FIM estão disponíveis ao investidor geral, têm prazo de resgate-cotização D+14 e taxa de administração de 2% ao ano. O fundo de ações tem aplicação inicial mínima de R$ 1 mil e taxa de performance de 20% do que exceder 100% do Ibovespa. Já o fundo multimercado tem aplicação inicial mínima de R$ 5 mil e taxa de performance de 20% do que exceder 100% do CDI.
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A Constância tem pelo menos mais dois lançamentos em vista, conforme adiantou Fernandes ao Broadcast Investimentos. Um fundo long biased – que tem viés “comprado”, mas pode operar com posições “vendidas” – já está rodando internamente e deve ser lançado até o final de 2023. E um fundo de investimentos no exterior está sendo desenhado para chegar à prateleira por volta do primeiro trimestre de 2024.