Os rendimentos dos títulos do Tesouro americano oscilaram sem direção única nesta sexta-feira (17), com impulso pontual após dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) tenham reforçado postura cautelosa em relação ao aperto monetário à frente. Ainda assim, investidores mantém aposta quase universal de que o ciclo de aumento de juros nos EUA acabou, o que impediu uma recuperação sustentada das taxas.
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No fim da tarde em Nova York, o rendimento da T-note de 2 anos subia a 4,900%, o da T-note de 10 anos baixava a 4,434% e o do T-bond de 30 anos cedia a 4,596%. Durante a semana, apesar da tímida recuperação da ponta curta hoje, o acumulado foi de queda expressiva.
Ao longo do dia, a ponta mais longa chegou a ensaiar melhora nos retornos, depois de falas dos dirigentes do Federal Reserve Susan Collins, da distrital de Boston, e Austan Goolsbee, do Fed de Chicago, indicando que a autoridade monetária ainda não está convicta sobre o fim do ciclo de aperto monetário nos EUA. Porém, o ímpeto positivo perdeu força e os juros voltaram a cair.
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Segundo a Oxford Economics, porém, o mercado tem sido otimista demais ao precificar cortes de juros em meados de 2024, e previsões de manutenção pelo Fed “provavelmente elevarão os rendimentos em relação aos níveis atuais no curto prazo, com o rendimento de 10 anos subindo novamente acima de 4,5%”, pontua.
A Capital Economics prevê o contrário: com o mercado precificando cortes mais precoces, os rendimentos devem se fragilizar ainda mais a partir de agora, sem embarcar em nova recuperação, com o juro da T-note de 10 anos regredindo até terminar 2024 na média de 3,75%.