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Fechamento de Mercado: Queda das ações Tech derruba bolsas americanas

Fechamento de Mercado: Queda das ações Tech derruba bolsas americanas
O setor de tecnologia, composto por empresas como Multilaser, é afetado pela Selic alta. (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)
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  • Dados mais fortes do que o esperado do setor industrial do continente contribuíram para o avanço dos índices acionários na Europa
  • Já em Nova York, os mercados acionários fecharam com forte desvalorização, com destaque para a queda das ações de tecnologia
  • Aqui no Brasil, a postura defensiva dos investidores locais foi estimulada pelos receios com o cenário fiscal, além da queda mais forte das bolsas nos EUA
  • Na agenda econômica desta quinta-feira destaque para o Relatório Trimestral de Inflação no Brasil. Nos EUA serão conhecidos os dados semanais do auxílio desemprego

Apesar dos temores sobre as dificuldades para a recuperação da economia mundial diante do aumento de casos de covid-19, e as medidas mais restritivas em sua decorrência, principalmente na Europa, as bolsas da região fecharam, em sua maioria, em alta. Dados mais fortes do que o esperado do setor industrial do continente contribuíram para o avanço dos índices.

Já em Nova York, os mercados acionários fecharam com forte desvalorização, com destaque para a queda das ações de tecnologia. Pesaram sobre os mercados os vários alertas de dirigentes sobre a necessidade de se elevar estímulos fiscais para sustentar a recuperação das economias, em meio ainda ao desconforto com o avanço do coronavírus.

Aqui no Brasil, foi divulgado o IPCA-15 de setembro, que avançou 0,45%, acima da mediana das estimativas (0,39%). Mas o dado ficou em segundo plano, e a postura defensiva dos investidores locais foi estimulada pelos receios com o cenário fiscal, além da queda mais forte das bolsas nos EUA. Assim, o Ibovespa fechou com queda de 1,61% aos 95.735 pontos.

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O dólar operou em alta pelo quarto dia seguido, ajudando a pressionar a curva a termo de juros. Em linha, com o fortalecimento da moeda norte-americana no exterior, o dólar frente ao real, avançou 2,15% cotado aos R$ 5,59.

Na agenda econômica desta quinta-feira destaque para o Relatório Trimestral de Inflação no Brasil. Nos EUA serão conhecidos os dados semanais do auxílio desemprego.

Contas externas em agosto: déficit continua a se estreitar

A conta corrente do Brasil registrou outro superávit em agosto, desta vez em + US$ 3,7 bilhões, contra + US$ 1,4 bilhão em julho e um déficit de -US$ 3,0 bilhões em agosto de 2019. Este número foi mais uma vez mais forte do que a expectativa de consenso de a + US$ 2,4 bilhões de superávit. Em uma base acumulado dos últimos 12 meses, o déficit em conta corrente continuou a diminuir rapidamente em agosto, atingindo -US$ 25,4 bilhões (-1,6% do PIB), de -US$ 32,2 bilhões no mês anterior (-2,0% do PIB).

O superávit da balança comercial continuou a aumentar em uma base dos últimos 12 meses acumulado. Uma razão para o estreitamento do déficit em conta corrente foi novamente o número positivo da balança comercial, postando um superávit de + US$ 6,0 bilhões em agosto (vs. + US$ 7,3 bilhões em julho e + US$ 3,6 bilhões em agosto de 2019). Em termos homólogos, embora tanto as exportações como as importações continuem a diminuir, a queda das exportações (-9,8% face ao período homólogo) foi novamente muito inferior à das importações (-26,8%). Assim, em uma base acumulado dos últimos 12 meses, o superávit da balança comercial subiu ainda mais para + US$ 44,9 bilhões em agosto, de + US$ 42,5 bilhões no mês anterior.

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O investimento estrangeiro direto (IED) continuou a enfraquecer, enquanto os investimentos em carteira voltaram a registar entradas. Em agosto, o portfólio de investimentos do Brasil registrou entradas novamente, desta vez em + US$ 2,1 bilhões, após saídas de -US$ 1,0 bilhão em julho. Esta compensação foi principalmente devido aos instrumentos de renda fixa (+ US$ 1,8 bilhão, contra -US$ 1,3 bilhão em julho), enquanto os investimentos em ações ficaram praticamente estáveis, com entradas de + US$ 0,4 bilhão (vs. + US$ 0,3 bilhão em Julho). O IED, por sua vez, enfraqueceu ainda mais em agosto, caindo para + US$ 1,4 bilhão em agosto, de + US$ 2,7 bilhões em julho e + US$ 4,8 bilhões em junho. Assim, em uma base dos últimos 12 meses acumulados, o indicador de IED recuou para 3,51% do PIB, de 3,94% do PIB em julho, atingindo a menor proporção observada desde julho de 2018.

A rolagem da dívida manteve-se abaixo da marca de 100%. A taxa de rolagem da dívida externa do setor privado (emissões / amortizações) caiu para 35,5% em agosto, de 41,6% em julho, continuando a sugerir que as empresas ainda não estão re-alavancando sua dívida externa. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador atingiu 68,9%, ante 75,5% no mês anterior.

Nossa visão: o déficit em conta corrente do Brasil continuou a diminuir em agosto. Agora em -1,6% do PIB, atingiu um pico de -3,2% em março e, desde então, tem diminuído constantemente. Com o real muito mais fraco em relação ao dólar do que no início do ano contribuindo para aumentar o superávit da balança comercial, esperamos que essa tendência continue. No que diz respeito ao IED e aos investimentos em carteira, a crise ainda em curso da covid-19 deve continuar a ter impacto, apesar das melhores condições externas em comparação com o início do surto. Com relação ao déficit em transações correntes, esperamos que continue diminuindo em ritmo acelerado nos próximos meses.

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