O anúncio da Usiminas (BBSA3) sobre o desligamento do alto-forno nº 1 da usina de Ipatinga (MG) indica condições desafiadoras de mercado, ainda que o movimento já fosse esperado por investidores, avalia o BTG Pactual (BPAC11).
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A empresa disse na última segunda-feira (11), que diminuiria sua capacidade de produção diante do aumento das importações de aço no País, principalmente por parte da China. Segundo o presidente da companhia, Marcelo Chara, a entrada do metal “está devastando a indústria e afetando toda a cadeia de produção industrial”.
O BTG Pactual concorda que a indústria siderúrgica local tem se debatido com o “aumento da concorrência das importações, o baixo poder de fixação de preços e tendências de procura mais fracas do que o esperado”. Nesse sentido, o banco acredita que o principal objetivo da Usiminas com a diminuição da produção é reduzir custos. “Também há especulações de que a medida visa chamar atenção para a necessidade de aumentar as tarifas de importação no País”, escrevem os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner.
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O BTG tem recomendação neutra para as ações da Usiminas, dada a “visibilidade incerta” de lucros no curto prazo. “Embora os investidores possam em breve começar a considerar 2023 como um ano atípico para a empresa, voltando a atenção para uma perspectiva mais positiva em 2024, continuamos cautelosamente otimistas”, diz o banco. O preço-alvo para a ação preferencial da empresa é de R$ 8, o que representa potencial desvalorização de 5,8% sobre o fechamento da véspera.