Os retornos dos Treasuries despencaram neste fim de tarde, repercutindo o tom do Federal Reserve (Fed) e de seu presidente, Jerome Powell, ao informarem decisão monetária e a coletiva que seguiu o comunicado. Não só os dirigentes do BC americano optaram por deixar juros inalterados, como revisaram para baixo suas expectativas para inflação e juros nos próximos anos.
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Por volta das 18h (de Brasília), o yield da T-note de 2 anos caia a 4,441%, o da T-note de 10 anos recuava a 4,019% e o do T-bond de 30 anos tinha queda a 4,171%. Segundo a Reuters, o juro dos títulos de 2 anos atingiu o menor nível desde junho, enquanto o da de 10 anos chegou ao menor valor desde agosto.
Os investidores ampliaram apostas em cortes de juros mais agressivos no ano que vem, depois da publicação das projeções dos dirigentes Fed e da coletiva de imprensa de Powell. Os números revelaram que os membros votantes do BC americano veem juros menores adiante, se comparado com suas previsões de setembro. Os comentários de Powell também foram vistos como dovish em relação ao seu tom usual, de acordo com análise do Jefferies.
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A ferramenta do CME Group elevou as chances de o primeiro corte de juros do Fed ser em março de 46,7% a 72,2%. Já a Capital Economics aponta que continua esperando que – com a inflação subjacente do PCE a normalizar muito mais rapidamente do que os dirigentes estão dispostos a admitir – o primeiro corte nas taxas ocorrerá provavelmente na reunião de março do próximo ano. “Esperamos então que o Fed reduza 25 pontos base em todas as reuniões a partir de março, para um declínio acumulado de 175 pontos base em 2024”, projeta.
Pela manhã, a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos já havia pressionado os rendimentos da renda fixa. O dado ficou estável na variação mensal, confirmando o que analistas consultados pela FactSet já esperavam.