As bolsas de Nova York devem voltar a subir nesta quinta-feira (21), conforme sugerem os índices futuros, após a revisão em baixa do crescimento econômico e da inflação do índice de preços de gastos com consumo (PCE) nos EUA fortalecer as já majoritárias apostas em relaxamento monetário agressivo do Federal Reserve (Fed) a partir de março.
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Por volta das 11h (de Brasília), o futuro do Dow Jones subia 0,59%, o do S&P 500 ganhava 0,74% e o do Nasdaq avançava 1,02% Na última leitura do indicador, o Departamento de Comércio dos EUA revisou para baixo a estimativa para o crescimento anualizado do Produto interno bruto (PIB) americano no terceiro trimestre, de 5,2% para 4,9%.
O PCE também apresentou avanço menor que o calculado anteriormente no período, de 2,6%. Após o indicador, a curva futura ampliou a precificação por cortes de juros do Fed a partir de março, conforme aponta plataforma de monitoramento do CME Group. No mesmo horário, o Departamento do Trabalho revelou que os pedidos de auxílio-desemprego no país subiram 2 mil na semana passada, a 205 mil, bem menos que analistas previam.
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O volume de negócio encolheu sensivelmente nos últimos dias, à medida que investidores já entram no clima das festas de fim de ano. O período costuma ser marcado por valorização nos mercados, no fenômeno apelidado de “rali do papai noel”. Desta vez, o ímpeto é amplificado pela confiança de que o Fed cortará juros agressivamente ao longo de 2024, a partir de março, após o presidente da instituição, Jerome Powell, ter dado a “senha” para o movimento.
Apesar disso, dirigentes do Banco Central Americano têm buscado esfriar um pouco do otimismo. Na última quarta-feira (20), o presidente da distrital da Filadélfia, Patrick Harker, afirmou que não espera redução da taxa básica tão cedo. Do outro lado do Atlântico, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, disse que ainda é cedo para começar a discutir relaxamento monetário.
Entre os destaques no pré-mercado, a ação da Micron saltava 7,23%, após a empresa projetar um cenário melhor que o esperado para o trimestre atual, apoiada pela demanda forte por chips para inteligência artificial. Na esteira, Nvidia subia 1,42%, acompanhada por Intel (+1,57) e Qualcomm (+1,54%).