O BTG Pactual (BPAC11) avalia que uma fusão entre a BRF (BRFS3) e a Marfrig (MRFG3) é improvável, apesar de a Marfrig ter aumentado sua participação acionária na BRF para mais de 50% na semana passada. Em relação ao benefício para as empresas, a possibilidade de aquisição de mais ações pela Marfrig, na visão do banco, “foi um fator importante para sustentar o preço dos papéis da BRF nos últimos meses”.
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Por outro lado, do ponto de vista dos minoritários da Marfrig, “preferíamos ver a companhia aproveitando cada dólar adicional para pagar dívidas”, escreveram os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolini em relatório.
Segundo eles, o aumento rápido e significativo da participação da Marfrig na BRF levou os investidores a especularem se uma fusão poderia estar próxima. “Ainda não vemos razões claras para qualquer evento de reestruturação societária neste momento. Não acreditamos que a Marfrig tenha vontade, necessidade ou balanço para comprar a participação dos minoritários na BRF”, afirmaram os analistas.
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O BTG Pactual também disse acreditar que ultrapassar o limite de 50% pode ser algo simbólico para a Marfrig, com sua posição de controladora e o direito de consolidar o balanço da BRF sendo hoje “indiscutíveis”. “Acreditamos que isso poderá desacelerar os incentivos da empresa para aumentar ainda mais a participação na BRF”, complementou.
O banco tem recomendação neutra para ambas as empresas.