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Quais foram os investimentos campeões em rentabilidade de 2023

Conhecido pela alta volatilidade, o bitcoin assumiu a dianteira dos maiores retornos do ano passado

Quais foram os investimentos campeões em rentabilidade de 2023
(Foto: Envato Elements)
  • Enquanto algumas aplicações se destacaram, com retorno acima de três dígitos, outras tiveram rentabilidade mais tímida ou até fracassaram, ficando no negativo
  • Conhecido pela alta volatilidade, o bitcoin assumiu a dianteira das maiores rentabilidades do ano: 133%
  • Na segunda posição, mas bem atrás do primeiro colocado, o Ibovespa aparece com retorno positivo de 22,3%

O ano de 2023 acabou e o investidor viu que as performances de diferentes classes de investimentos não seguiram por uma direção única. Enquanto algumas aplicações se destacaram, com retorno acima de três dígitos, outras tiveram rentabilidade mais tímida ou até fracassaram, ficando no negativo.

Conhecido pela alta volatilidade, o bitcoin assumiu a dianteira das maiores rentabilidades do ano: 133%. Mesmo descontada a inflação acumulada até novembro, o retorno real do criptoativo foi 124% no período. Os dados são de levantamento da Economática para o E-Investidor.

“O bitcoin historicamente apresenta grande volatilidade nos preços. Após cair aproximadamente 70% em 2022, principalmente pelo movimento de alta de juros nos Estados Unidos, está recuperando as perdas e fechando 2023 em alta”, contextualiza Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed.

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Fábio Sobreira, analista CNPI-P da Harami Research, adiciona que a entrada de grandes instituições financeiras, como a BlackRock no mercado de ETFs de bitcoin, além de outras companhias adotando o criptoativo em suas operações, também contribuíram para a alta.

Na segunda posição, mas bem atrás do primeiro colocado, o Ibovespa aparece com retorno positivo de 22,3%. Abatendo a inflação, a rentabilidade real é de 17,5%. A terceira posição ficou com o IRF-M (Índice de Renda Fixa do Mercado), formado por títulos públicos prefixados, com retorno de 16,5% no ano. Sem a inflação, a alta foi de 12%.

“O Ibovespa alcançou um recorde histórico em 2023, impulsionado pela aprovação de reformas fiscais e tributárias no Brasil, a entrada de capital estrangeiro após um ciclo antecipado de aumento de juros e a estabilização das taxas de juros nos EUA”, observa Sobreira.

Entre as companhias, o analista da Harami cita o desempenho de empresas como Yduqs (YDUQ3), beneficiada por políticas governamentais favoráveis e Petrobras (PETR4), com ganhos notáveis devido à confiança do mercado na ausência de interferência política nos preços da estatal.

Boa parte da alta do Ibovespa em 2023 foi concentrada no mês de novembro, quando o índice apresentou valorização de aproximadamente 12,5%. “Esse movimento ocorreu, principalmente devido à queda dos juros de mercado dos Estados Unidos. Mesmo com o cenário de queda da taxa básica de juros aqui no Brasil o principal gatilho foi o mercado internacional”, avalia Petrokas.

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Além disso, o sócio da Quantzed relaciona ao bom desempenho da principal referência da B3 a alta do minério de ferro, que beneficiou as ações da Vale (VALE3) (responsável por 14% do peso do índice) e a postura de alguns membros do executivo, junto com alguns nomes importantes do legislativo, em relação a temas como o orçamento de 2024 e a reforma tributária.

Veja o levantamento completo a seguir.

 

Renda fixa

Sobre os representantes da renda fixa da terceira à quinta posição da lista, Sobreira comenta que os índices foram influenciados pelas taxas de juros, que ainda estão entre as maiores do mundo em termos reais, embora tenham começado a cair no segundo semestre do ano.

“Isto também beneficiou o Ifix, principalmente nos fundos de papel, que tem muitos CRIs e LCIs atrelados a estes índices. Bem como os fundos de tijolos, já que seus aluguéis se tornaram mais atraentes frente à uma menor taxa de juros que deve permanecer caindo am 2024”, diz sobreira.

Retorno negativo

Na ponta da lista, figuram dólar, ouro e euro, com retornos negativos de 7,2%, 6% e 3,9%, respectivamente. Normalmente, esses ativos são utilizados como proteção na carteira de investidores. Quando descontada a inflação do período, a rentabilidade real é ainda pior.

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“O dólar teve um desempenho ruim frente ao real em 2023 devido à economia brasileira resiliente com inflação controlada, um mercado de trabalho apertado e forte confiança do consumidor”, analisa Sobreira. “Além disso, as taxas de juros decrescentes no Brasil, em contraste com as políticas monetárias mais rígidas nos EUA e na Europa, e as exportações robustas, especialmente de soja e mineração, fortaleceram o real”.

Quanto à queda do ouro, o analista da Harami Research diz que houve influência principalmente pelo fortalecimento do dólar em relação a outras moedas e pelo aumento dos rendimentos dos Treasuries, que reduziram o apelo do ouro como investimento.

 

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