O dólar caiu ante boa parte das moedas rivais nesta quarta-feira, em uma jornada de ímpeto limitado na véspera da divulgação da inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos.
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O índice DXY, que mede a variação da divisa americana ante seis rivais fortes, fechou em baixa de 0,20%, a 102,362 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 145,79 ienes, enquanto o euro avançava a US$ 1,0965 e a libra, a US$ 1,2731.
A mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast sugere leve aceleração do CPI à taxa anual de 3,2% em dezembro, após avanço de 3,1% em novembro. Para o núcleo, a expectativa é de uma desaceleração a 3,8% no mês passado.
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O dado deve ajudar a balizar as apostas do mercado para os próximos passos do Federal Reserve (Fed). Atualmente, a curva futura aponta chance majoritária de cortes de juros a partir de março, com uma redução acumulada de 150 pontos-base até o fim do ano, conforme sugere a plataforma de monitoramento do CME Group.
Para o Brown Brothers Harriman (BBH), essa precificação ainda precisa ser ajusta “significativamente”, diante dos sinais de solidez da economia dos EUA. “Até que isso acontece, o dólar permanece vulnerável”, avalia.
Hoje à tarde, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, disse esperar que a postura restritiva seja mantida “por algum tempo” até que os objetivos da instituição sejam alcançados.
O analista Marc Chandler, da Bannockburn, afirma que o iene emergiu como uma exceção ao movimento recente do câmbio, com ganhos em seis das oito sessões anteriores. Segundo ele, a tendência reflete a avaliação de que o Banco do Japão (BoJ) terá que começar a apertar a política em algum momento deste ano, possivelmente em abril.
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Na Argentina, o dólar blue avançou a 1.150 pesos argentinos no mercado paralelo, em novo recorde nominal, de acordo com o jornal Ámbito Financiero. A Bloomberg informou, com base em fontes, que o governo do presidente Javier Milei fechou acordo com o Fundo Monetário Internacional que desbloqueará US$ 3,3 bilhões ao país.