A tabela do Imposto de Renda está defasada em 159,57% em todas as faixas (cálculo realizado de 1996 a 2023), de acordo com informações da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Unafisco). Na faixa de isenção, a defasagem é de 134%. Os dados foram calculados em cima da inflação do ano passado, que ficou em 4,62%.
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De acordo com as contas da Unafisco, caso a tabela não apresentasse defasagem, cerca 13,6 milhões de contribuintes deveriam estar isentos do pagamento de Imposto de Renda.
Hoje, têm direito à isenção 19.545.510 contribuintes compreendidos na faixa de R$ 2.112 mensais. De acordo com o levantamento, esse valor deveria ser de R$ 4.942,29 ao mês, chegando a 33.190.526 pessoas.
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Caso a faixa de isenção aumentasse pelo valor proposto pela Unafisco, o governo federal deixaria de arrecadar cerca de R$ 202 bilhões por ano.
Vale destacar, no entanto, que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou a faixa de isenção do IR em 2023 para o valor de R$ 2.112, algo que não era feito desde 2015, além de ter criado uma dedução simplificada de R$ 528, fazendo com que quem recebe até R$ 2.640 (dois salários mínimos) também tenha isenção.
O governo Lula também prometeu durante sua campanha eleitoral que a isenção iria até os salários de R$ 5 mil ao final de seu mandato, valor acima do proposto pela Unafisco.
Confira a tabela de isenção do IR hoje
- Até R$ 2.112: isento
- De R$ 2.112,01 até R$ 2.826,65: 7,5%
- De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05: 15%
- De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68: 22,5%
- Acima de R$ 4,664,68: 27,5%