

A Bolsa brasileira pode ter o seu primeiro IPO em mais de dois anos. A Oceânica Engenharia, empresa de soluções submarinas para a indústria de energia offshore, divulgou na quarta-feira (17) a intenção de realizar uma oferta pública inicial de distribuição primária e secundária na B3 – ou seja, caso efetivada, o capital deve ir tanto para o caixa da empresa e investimentos quanto para dar saída a acionistas.
A Oceânica afirma que o montante potencial da oferta ainda não foi estimado, mas que parte dos recursos seriam direcionados para a aquisição e customização de embarcações, aquisição de máquinas e equipamentos e aumento da posição de caixa da companhia.
Foram contratados para coordenar o processo de IPO os bancos BTG Pactual, Itaú, UBS Brasil, Bradesco, Santander e ABC Brasil. A Oceânica teve prejuízo líquido de R$ 2 milhões no 3º trimestre de 2023, revertendo um lucro líquido de R$ 12,7 milhões no mesmo período do ano anterior. O resultado negativo no trimestre foi puxado principalmente pelo aumento das despesas operacionais e financeiras.
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Já no acumulado dos 9 primeiros meses de 2023, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 19 milhões, 88,7% maior do que o observado no mesmo período de 2022.
Vale lembrar que o último IPO registrado na B3 ocorreu em dezembro de 2021, quando o Nubank abriu capital em Nova York e listou BDRs no Brasil (ROXO34). Os dados foram levantados por Einar Rivero, colunista do E-Investidor e diretor da Elos Ayta Consultoria.