- Definir metas financeiras é o primeiro passo para qualquer investidor, e para fazer isso, não se limite a desejos vagos
- Ao começar a investir, estabeleça a prática de aportes mensais mesmo que o valor seja baixo
- Dedique algum tempo para entender os diferentes tipos de investimentos, as variáveis que afetam o mercado e as estratégias de gestão de risco
Começar a investir é, provavelmente, uma das decisões mais importantes que você pode tomar, caso deseje ter uma vida com autonomia financeira e tranquilidade.
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Como um analista CNPI profissional, compreendo a complexidade desse universo para quem nunca investiu, e o meu papel é justamente traduzir o mercado financeiro para uma linguagem simples, te mostrando que é bem mais fácil do que parece.
1-Definindo metas financeiras: o ponto de partida
Definir metas financeiras é o primeiro passo para qualquer investidor, e para fazer isso, não se limite a desejos vagos. Seja específico quanto ao que deseja, orce suas metas para saber exatamente quanto irá lhe custar para alcançá-las e estabeleça prazos realistas.
Essa abordagem estruturada facilita muito a escolha de estratégias de investimento alinhadas aos seus objetivos específicos, pois o mercado disponibiliza uma infinidade de produtos financeiros com características distintas para cada necessidade. Sendo assim, se você sabe o que deseja, consegue escolher qual investimento irá ajudá-lo a realizar seu sonho.
2-Construindo uma base sólida: a reserva de emergência como prioridade
Antes de mergulhar na cesta de produtos financeiros disponível nas corretoras, é muito importante que você concentre-se na construção de uma reserva de emergência. Minha sugestão é que esta salvaguarda financeira seja equivalente a doze meses de despesas e mantida em ativos líquidos, como o Tesouro Selic, Fundos DI (fundo atrelado ao Certificado de Depósito Interbancário, o CDI) ou Certificado de Depósito Bancário (CDBs) de liquidez diária.
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Embora não ofereçam altos retornos, nesses tipos de aplicação o dinheiro fica disponível de imediato quando você, eventualmente, precisar dele, proporcionando assim a tranquilidade necessária para enfrentar imprevistos sem comprometer seu portfólio.
3-Estratégias de aporte: a arte de distribuir recursos de forma inteligente
Ao começar a investir, estabeleça a prática de aportes mensais. Mesmo que o valor a aportar seja baixo, não negligencie, pois dinheiro parado na conta, além de não render nada, é um convite para gastos nem sempre importantes.
O ideal é que você distribua seu aporte mensal de forma balanceada, considerando metas de curto, médio e longo prazo.
Pense nas suas metas como baldes de água que você precisa encher: o de curto prazo é aquele balde onde você precisa acumular ⅓ de água, o de médio prazo, você precisa encher até a metade e o de longo prazo, precisa ser totalmente cheio. Todo mês você vai lá e divide a água que tem em partes iguais, colocando um pouco em cada balde.
Fazendo desta forma, você chegará ao volume definido de água em cada balde em datas diferentes, mas compatíveis com o uso que definiu para aquele recurso. Com o seu aporte em produtos financeiros distintos ocorrerá exatamente o mesmo.
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Para metas imediatas, opte por investimentos de baixo risco, como CDBs e fundos de renda fixa. Para objetivos de médio prazo, fundos multimercado e pré-fixados são opções atraentes. Reservar uma parte significativa para metas de longo prazo permite a inclusão de investimentos mais arrojados, como ações, fundos imobiliários e até derivativos.
A diversificação dos investimentos é que vai possibilitar que você gerencie com segurança o dinheiro e monitore se a sua estratégia está te deixando mais perto das metas estabelecidas.
4-Individualizando estratégias: o papel do planejamento pessoal
Ao contrário das “receitas de bolo” que você vê na internet, ensinando todo mundo a investir do mesmo jeito, a realidade é que não existe uma estratégia única que serve para todos os investidores.
Você é uma pessoa única, assim como seus projetos, desejos, estilo de vida, hábitos de consumo e idade. Sendo assim, seu plano de investimento deve refletir suas circunstâncias individuais, metas e tolerância ao risco.
Como analista CNPI e investidor profissional, encorajo a construção de um plano personalizado que leve em consideração seu patrimônio existente, metas específicas e horizonte temporal. É bem mais simples do que parece e você pode optar por estudar o básico sobre investimentos e fazer você mesmo o seu planejamento, ou, se preferir, pode estruturar sua carteira através de uma consultoria independente ou até mesmo com o suporte do assessor de investimento.
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O fundamental em qualquer dos casos é que você tenha o conhecimento básico sobre os produtos para não ficar refém de indicações que não sejam compatíveis com os seus interesses.
5-Educação financeira: seu ativo mais valioso
Assim como estudar um mapa antes de uma viagem, educar-se sobre o mercado financeiro é fundamental. Dedique algum tempo para entender os diferentes tipos de investimentos, as variáveis que afetam o mercado e as estratégias de gestão de risco. Este conhecimento te dá poder e autonomia na hora de tomar decisões sobre o seu dinheiro.
Para te ajudar a começar, eu deixei no Youtube 10 horas/aula de curso sobre investimento, onde você entenderá o básico sobre cada produto financeiro e conhecerá as estratégias iniciais para começar a investir. O curso chama-se Mira no Básico e é gratuito.
Espero que você goste do presente e que dê seu primeiro passo para a independência financeira o quanto antes.