A Moody’s Investors Service vê perspectivas estáveis para a qualidade do crédito na América Latina em 2024, diante de um ritmo moderado de crescimento econômico, enfraquecimento do ambiente externo e o arrefecimento dos riscos políticos.
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Em relatório, a agência prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) da região crescerá cerca de 2,5% este ano, bem parecido com o desempenho de 2023, em uma estabilidade que provavelmente limitará o aumento da receita. Ainda assim, a expansão deve ser suficiente para manter a dívida constante na maior parte dos países, de acordo com a análise.
Apesar da contínua flexibilização da política monetária, a instituição entende que custos de crédito ainda elevados dificultarão a capacidade de pagamento dos passivos, embora alguns governos sejam beneficiados pela menor dependência por financiamento externo, além do fato de terem títulos soberanos de vencimento mais longo.
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A Moody’s alerta ainda para progressos limitados em direção a reformas fiscais na região, que ainda tem boa parte da receita direcionada a gastos obrigatórios. “Em conjunto com as contínuas pressões para expandir os gastos sociais, esses desdobramentos restringirão a flexibilidade fiscal”, adverte.
Entre algumas nações específicas, a agência destaca que o México seguirá beneficiado pelo “nearshoring” – fenômeno no qual economias desenvolvidas concentram sua cadeia produtiva em parceiros que tenham proximidade geográfica. Já a Argentina está altamente exposta a riscos de vulnerabilidade externa porque tem grande necessidade financiamento em moeda estrangeira, acrescenta.