Os contratos futuros de petróleo avançaram nesta quinta-feira (25), estendendo ganhos da sessão anterior e atingindo máximas desde fins de novembro. Sinais da economia, como o Produto Interno Bruto (PIB) mais forte que o esperado nos Estados Unidos revelado nesta manhã, e também a cautela com o quadro geopolítico no Oriente Médio apoiaram a commodity.
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O WTI para março fechou em alta de 3,02% (US$ 2,27), a US$ 77,36 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para abril avançou 2,93% (US$ 2,33), a US$ 81,96 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Na agenda de indicadores, o PIB dos EUA cresceu 3,3% no quarto trimestre de 2023, na leitura anualizada, acima da mediana dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 2,0%. O ING comentava que o dado “confundia” as expectativas de contração econômica, enquanto o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), publicado junto com o PIB, tinha alta de 2% em seu núcleo, em linha com a meta do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
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Ao analisar os números do PIB, o CIBC destacou o fato de que as exportações de petróleo dos EUA cresceram no quarto trimestre, com o xisto americano compensando dificuldades na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
A tensão geopolítica, porém, tem apoiado os contratos. A guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza e os ataques de rebeldes houthis, do Iêmen e com apoio iraniano, seguem como foco importante, por seus potenciais impactos no mercado do óleo. Hoje, foi reportado que a BHP desviava a rota de quase todos os seus carregamentos, inclusive de petróleo, da Ásia para a Europa, a fim de evitar o Mar Vermelho, após medidas semelhantes adotadas por Shell BP e Qatar Energy. O caminho mais longo, pelo sul da África, eleva custos e poderia afetar o fluxo do comércio global, inclusive no setor de energia.