Os metais fecharam em queda generalizada nesta sexta-feira (2), após o relatório do mercado de trabalho de janeiro nos EUA mostrar solidez da economia, motivando redução adicional da expectativa de corte de juros em março, um fator que poderia ajudar na recuperação da demanda por insumos. O realinhamento das expectativas deu suporte ao dólar americano, a moeda referência para transações de commodities, o que leva a um ajuste técnico dos preços.
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Na Comex, divisão da New York Mercantile Exchange,o contrato do cobre para março cedeu 0,83%, a US$ 3,8215 por libra peso. O contrato para três meses da tonelada do metal perdia 0,69%, a US$ 8.466,00 na London Metal Exchange (LME), às 15h40 (de Brasília).
Após o payroll e dados de confiança da Universidade de Michigan, a chance de a taxa de juros seguir na faixa de 5,25% a 5,50% em março nos EUA subiu para 78,5%, ante 62,0% ontem, enquanto a tese de um corte caiu para 21,5%, de 38%, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group. Para a reunião seguinte de maio, a ideia de taxa inalterada cresceu para 28,2%, de apenas 6,2% ontem. A possibilidade de corte de 25 pontos-base caiu de 59,6% para 58%. A aposta em um alívio mais incisivo, de 50 ponto-base enfraqueceu de 34,2% para 13,8%. Sob efeito dos dados, o índice DXY, que mede a variação da moeda ante uma cesta de divisas pares, avançava 0,94%, a 104,014.
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Do lado da oferta de cobre, a ZCCM Investments Holdings informou, em nota, que a produção do metal da Mopani Copper Mines, um projeto localizado no Zâmbia, vai quase triplicar nos próximos três anos em razão de novos investimentos do novo proprietário do negócio. A produção pode atingir 200 mil toneladas métricas, de 72.690 toneladas em 2022, já que a International Resources Holding, com sede nos Emirados Árabes Unidos, se comprometeu a investir mais de US$ 1 bilhão para revigorar a mina.
Ainda na LME, os contratos de três meses da tonelada do alumínio cediam 0,47%, a US$ 2.238,50; os do chumbo recuavam 0,16%, a US$ 2.137,00; os do estanho caíram 1,32%, a US$ 25.510,00. O zinco foi negociado em queda de 0,75%, a US$ 2.451,50. O contrato do níquel resistia com alta de 0,03%, cotado a US$ 16.235,00.