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- Os desdobramentos de 1 para 2 prevê a redução pela metade do preço nominal dos papeis
- A decisão dos acionistas também está sujeita à aprovação do Banco Central (BC)
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) devem ser desdobradas na proporção de 1 para 2 após os acionistas da companhia aprovarem a medida em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada na sexta-feira (2). A operação, também conhecida como split, deve ampliar a quantidade de papéis em negociação na bolsa de valores, mas sem alterar o valor patrimonial do BB e a participação porcentual dos atuais acionistas.
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Na prática, a mudança facilita a compra das ações do banco para os investidores que desejam aumentar a participação ou que pretendem se posicionar na companhia. Isso porque a decisão consiste na redução do preço nominal das ações pela metade. Ou seja, levando em consideração a cotação dos papéis no pregão desta segunda (5) que foi de R$ 57,73, com o desdobramento de 1 para 2, as ações passam a ser cotadas na bolsa de valores a R$ 28,86.
“Vemos o movimento como marginalmente positivo para as ações BBAS3, que, com um valor mais baixo, podem ser compradas por um maior número de investidores”, afirma a XP em relatório publicado em dezembro quando a operação ia ser discutida entre os acionistas. Apesar do valor ficar mais acessível, os investidores precisam ter em mente que o volume de proventos a ser distribuído pela companhia também será afetado.
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“A medida é positiva porque tende a trazer mais liquidez para o papel, mas É interessante destacar que o volume de proventos a ser pagos por ação também diminuirá pela metade, já que ele será dividido sobre uma base de ações maior”, diz Milton Rabelo, analista da VG Research.
Segundo o Banco do Brasil, apesar do aval positivo dos acionistas, o desdobramento das ações está sujeito à aprovação do Banco Central (BC). O banco informou ainda que os detalhes referentes à data-base na qual as ações passarão a ser negociadas já com o desdobramento devem ser divulgados nos próximos dias.
Recomendação
Ao contrário do Ibovespa que acumula perdas em 2024 de 4,83%, os papéis do BB operam no campo positivo. Segundo dados do Broadcast, as ações do banco acumulam uma alta de 4,50% em 2024 e a perspectiva é que haja ainda mais espaço para novos ganhos. A XP, por exemplo, mantém recomendação de compra para o papel com um preço-alvo de R$ 61.
A Genial Investimentos também possui a mesma recomendação de compra, mas com preço-alvo de R$ 64,90. Já a VG Research mantém recomendação neutra para as ações do Banco do Brasil.