O dólar oscilou perto da estabilidade nesta sexta-feira (9), em dia de agenda modesta. Investidores avaliaram uma revisão de números do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), com efeito limitado, e também, na Europa, números da inflação na Alemanha, bem como declarações de dirigentes dos principais bancos centrais, entre eles o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
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No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 149,29 ienes, o euro avançava a US$ 1,0791 e a libra tinha alta a US$ 1,2634. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,05%, aos 104,111 pontos, mas na semana avançou 0,18%.
Havia expectativa por revisão do CPI dos EUA em 2023, mas as mudanças publicadas hoje foram consideradas modestas por analistas. O CPI de dezembro teve alta de 3,3% na comparação anual, não de 3,4% como antes informado, com avanço mensal de 0,2% (de 0,3% antes divulgado). Havia expectativa pois no início de 2023 a revisão considerada alterou o quadro sobre o ano anterior, mas isso não voltou a ocorrer. Na avaliação do BMO Capital, o fato abre espaço para corte de juros nos próximos meses, que poderiam vir em março, maio ou junho. Na agenda da próxima semana, há expectativa pelo CPI de janeiro dos EUA.
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Entre os dirigentes do Fed, Raphael Bostic, presidente da distrital de Atlanta, reiterou compromisso com a meta de inflação. Bostic vê progresso recente, mas reafirmou que ainda há um caminho pela frente, para se assegurar a estabilidade de preços.
Na Europa, o CPI da Alemanha subiu 2,9% em janeiro, na leitura anual, com ganho mensal de 0,2%. Os dados de hoje confirmaram as preliminares e vieram em linha com o esperado, sem influir no euro. Entre dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), Martins Kazaks alertou que ainda é cedo para cortar juros, pedindo paciência antes de se começar esse processo. Já François Villeroy de Galhau comentou que o banco central deve cortar provavelmente os juros neste ano, sem se comprometer com data mais específica, mas vendo avanço na luta para levar a inflação de volta à meta de 2%.
Na Ásia, o presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Kazuo Ueda, afirmou que ainda avaliará se os juros seguirão negativos, caso a meta de inflação esteja próxima. O governo japonês, por meio do ministro de Finanças, Shunichi Suzuki, por sua vez, dizia que o BoJ deveria manter proximidade da administração, para conduzir a política monetária.