Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) recuaram nesta quarta-feira (14) e recompuseram parte do salto registrado na véspera, quando dado de inflação mais forte que o esperado nos Estados Unidos afastou para junho as apostas para o início do relaxamento monetário no país.
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No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 4,594%, o da T-note de 10 anos recuava a 4,264% e o do T-bond de 30 anos cedia a 4,454%.
“Os Treasuries se recuperaram na quarta-feira, após a liquidação pós-CPI, num movimento que é consistente com um período de consolidação com taxas num intervalo novo e mais elevado”, resume o BMO Capital Markets, em referência aos preços dos títulos.
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Passado o susto com o CPI, investidores tentam se fiar na percepção de que, no geral, a tendência em um horizonte mais longo é de queda da inflação. Nessa linha, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Chicago, Austan Goolsbee, minimizou a surpresa com a leitura e defendeu que não se deve ater ao indicador de apenas um mês.
Para o Julius Baer, os próximos indicadores devem justificar um primeiro corte de juros em maio. Investidores, porém, põem apenas em maio a expectativa majoritária para a primeira redução da taxa básica, conforme indicava a plataforma de monitoramento do CME Group no fim da tarde.