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Juros fecham em alta, impulsionados por dado econômico nos EUA

O ganho foi determinado por um ajuste ao movimento de ontem no exterior, de avanço nas taxas dos Treasuries

Juros fecham em alta, impulsionados por dado econômico nos EUA
(Foto: Envato Elements)

Os juros futuros terminaram a sessão em alta generalizada nesta quarta-feira (14), mais pronunciada nos vértices longos. Nesta volta do feriado de carnaval, o ganho de inclinação para a curva local foi determinado por um ajuste ao movimento de ontem no exterior, de avanço nas taxas dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) após a inflação ao consumidor nos Estados Unidos ter reforçado a ideia de postergação no início do ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). O efeito, porém, foi limitado uma vez que hoje os yields dos títulos norte-americanos recuaram.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 encerrou em 10,040%, de 9,996% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2026 subiu de 9,75% para 9,84%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa em 10,02%, de 9,91% no último ajuste, e a do DI para janeiro de 2029 fechou a 10,46%, de 10,35%.

“Importamos a ressaca vista ontem no exterior e devemos operar desse jeito até o fim de semana, dada a agenda esvaziada”, afirma Ângelo Passos, economista-chefe da Faz Capital. O índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, em inglês) de janeiro subiu 0,3%, levemente acima das estimativas dos analistas (0,2%). A alta de 0,4% do núcleo também superou o consenso (0,3%). Em 12 meses, as taxas acumuladas são de 3,1% e 3,9%, respectivamente, muito acima do objetivo de 2% do Federal Reserve.

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Foi a senha para a escalada dos retornos dos Treasuries, com a taxa da T-Note de 10 nos rompendo 4,30%, e do dólar ante as principais moedas. Os números da inflação enterraram de vez as apostas de redução de juro nos EUA em março, reduziram as de maio e tornaram as de junho majoritárias.

“O CPI reforçou a tese de que a inflação está pegajosa e os ativos tiveram ontem dinâmica bem negativa”, afirmou Passos. Hoje, porém, houve alívio na curva americana, ainda que não tenha devolvido tudo o que subiu ontem. “Com isso, e ajuda do dado da inflação no Reino Unido, a curva aqui acabou ficando no meio do caminho”, disse o economista da Faz, sobre o efeito limitado nos DIs. No fim da tarde, o rendimento da T-Note de dez anos estava em 4,25%.

A percepção dos analistas é de que um adiamento no ciclo de corte de juros nos EUA pode limitar o orçamento de queda da Selic, levando o Comitê de Política Monetária (Copom) a encerrar o processo de ajuste antes do que se esperava. “O caminho para o Copom deixar a taxa abaixo de dois dígitos continua aberto, mas para ir além de 9% dependeria de um ritmo mais acelerado do Fed”, diz Passos.

Para o estrategista de renda fixa da BGC Liquidez Daniel Leal, o CPI mais alto e o impacto na política monetária americana tendem a conter os mais otimistas com a Selic abaixo de 9% no fim de 2024. “O início do corte de juros em maio ou junho nos EUA deve fazer com que o BC mantenha o ‘pace’ de corte de 50 pontos e termine o ano em 9,50%, até para deixar um pouco de gordura com a troca da presidência do BC”, afirmou.

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