Os rendimentos dos Treasuries de curto e médio prazos cederam na volta do feriado nos Estados Unidos. A motivação para o movimento veio do corte da taxa de juros na China, uma evidência do baixo dinamismo da atividade do país asiático que pode impactar o ritmo econômico global. A taxa longa dos títulos do Tesouro dos EUA seguiu em direção oposta e subiu, em dia sem divulgação de indicadores relevantes. Na quarta-feira (21), o mercado contará com ata do último encontro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
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Às 18h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos cedia a 4,588%, de 4,660% na sexta-feira (19) antes do fim de semana prolongado em Wall Street; o da T-note de 10 anos recuava a 4,272%, ante 4,282%, e o do T-bond de 30 anos avançava a 4,443%, de 4,438%. Na China, o banco central, o PBoC, cortou a taxa de juros de referência de 5 anos no país, para 3,95%, o que foi recebido com certa frustração porque a taxa da LPR de 1 ano ficou inalterada em 3,45% pelo sexto mês seguido.
“Vale notar que o trecho de 10 anos (dos Treasuries) não conseguiu ir abaixo do nível de 4,25%. O tema predominante que orienta a direção das taxas dos EUA continua sendo o esforço do Federal Reserve e dos investidores para determinar o momento do primeiro corte da taxa de juros norte-americana”, escreveu Ian Lyngen, analista da BMO Capital Markets.
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Considerando que o mercado, praticamente, eliminou a possibilidade de corte da taxa de juros nos EUA em março e reduziu a probabilidade de maio, o analista cita que junho está longe no horizonte para que o mercado se sinta, suficientemente, confortável em apostar como ponto de partida para o processo de normalização das taxas. Lyngen observou que, embora a continuidade do vigor da economia dos EUA possa não impedir o Fomc de agir, uma retomada da inflação poderá atrasar ainda mais um alívio monetário.