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Cobre fecha em queda, após disparar na véspera por impulso da China

O movimento repercutiu a alta do dólar após dados dos EUA reforçarem perspectivas sobre a política monetária

Cobre fecha em queda, após disparar na véspera por impulso da China
(Foto: Envato Elements)

O cobre recuou nesta quinta-feira (14), em uma realização marginal após a disparada da véspera, quando foi impulsionado pela decisão das principais fundições de cobre da China de realizarem, conjuntamente, cortes de produção em algumas plantas não lucrativas. Outros metais básicos também cederam, enquanto o recuo do nível ainda foi insuficiente para tirar o contrato do patamar acima dos US$ 18.000 por tonelada. O movimento repercutiu a alta do dólar após dados de inflação acima do esperado nos Estados Unidos reforçar o argumento de prudência do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em relação ao alívio monetário.

O cobre para maio fechou em queda de 0,36%, a US$ 4,0455 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Às 14h30 (de Brasília), o cobre para três meses era negociado com queda de 0,35%, a US$ 8.888,50 a tonelada, na London Metal Exchange (LME).

Na quarta-feira (13), os contratos do cobre subiram mais de 3%, depois do acordo alinhavado pelas principais fundições chinesas para cortar produção em resposta à queda acentuada nas taxas de processamento. Nos últimos anos, a China expandiu fortemente a sua indústria de fundição e refino, permitindo-lhe converter minérios e concentrados de cobre importados em metal refinado, em vez de importá-lo de outros países, escreveu Carsten Menke, chefe de pesquisa para Nova Geração da Julius Baer.

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“Como resultado, a produção interna de metais refinados cresceu de 4,8 milhões de toneladas em 2010 para 13 milhões de toneladas no ano passado, refletindo em um aumento de mais de três vezes nas importações de minérios e concentrados durante o mesmo período”, disse o analista. As taxas de processamento são pagas pelas empresas mineradoras às fundições pelos seus serviços.

Para o analista, a decisão das fundições não implicará necessariamente escassez no mercado de cobre. Segundo Menke, a reação forte da véspera foi explicada, sobretudo, pelo pessimismo excessivo recente. Menke pontuou, em nota, que a demanda não deve ser muito forte neste ano e os suprimentos ainda dão conta de atender à procura. “Esta situação deverá mudar a partir de 2025, quando um abrandamento mais pronunciado no crescimento da oferta devido ao baixo investimento e a uma procura crescente resultante da transição energética deverão empurrar o mercado para um déficit estrutural”, completou o analista, que reiterou o prognóstico do contrato do cobre em US$ 9.000 e US$ 9.750 em três e doze meses.

Outros metais também cederam. O contrato de três meses da tonelada do níquel caía 1,31%, a US$ 18.125,00, ainda na LME, no mesmo horário. O zinco recuava 0,76%, a US$ 2.552,00 a tonelada. A tonelada do alumínio tinha baixa de 0,11%, no horário citado, a US$ 2.251,00; a do chumbo era cotada com baixa de 0,44%, a US$ 2.156,50; e a do estanho resistia em alta e apontava variação de 1,29%, a US$ 28.295,00.

Com informações da Dow Jones Newswires

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