A proposta de fusão da Enauta (ENAT3) com a 3R Petroleum (RRRP3) é positiva, fortalece a posição das duas empresas no setor, implica um prêmio de 4% sobre os preços atuais da 3R Petroleum e tem potencial para destravar sinergias, segundo avaliação do Safra em relatório divulgado nesta terça-feira (2).
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O banco não entende, contudo, que há o mesmo potencial para destravar sinergias nesta transação na comparação com a fusão entre PetroReconcavo (RECV3) e 3R Petroleum.
Hoje, a administração da 3R Petroleum anunciou a suspensão dos esforços internos para a fusão com a PetroReconcavo, inicialmente, concedendo exclusividade à Enauta enquanto avalia a combinação proposta.
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“A proposta da Enauta está baseada no potencial de geração de valor, pois a fusão criará uma empresa com maior porte e forte posição de consolidação do setor, detentora de um portfólio diversificado e equilibrado, com alto potencial de crescimento e boas perspectivas de sinergias”, apontou o Safra.
Conforme destacou o banco, a proposta da Enauta mostra benefícios em quatro frentes: operacional, comercial, financeiro e de governança.
Na parte operacional, os ativos podem atingir a produção superior a 100 mil barris de óleo por dia nos próximos anos, com espaço para otimizar campanhas de workover (conjunto de operações complexas realizadas em poços já em produção) e perfuração, além de trazer ganhos de escala, com produção equilibrada no em terra e no mar (onshore e offshore).
Já na frente comercial, há aumento da quantidade de óleo combustível disponível para venda, com potencial para melhorar condições de comercialização, bem como diferentes opções de monetização da produção combinada de gás por meio do uso eficiente de infraestrutura, capacidade de armazenamento e acesso direto aos mercados do Sudeste e Nordeste.
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No segmento financeiro, haveria um posicionamento mais forte no mercado de capitais, além de maior liquidez para as ações. Na governança, por sua vez, há a formação de uma sociedade anônima com base acionária diversificada e conselho independente.
“Como de costume, a conclusão do negócio está sujeita a condições como acordo sobre a relação de troca de ações, aprovação dos acionistas de ambas as empresas e concessão de aprovações regulatórias”, observam os analistas.