- CDB tem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) de até R$ 250 mil por CPF
- Um bom CDB é aquele que entrega ao menos 100% do CDI para o investidor
- Quanto maior o tempo do investimento, menor o Imposto de Renda a ser pago
No mercado de renda fixa, os Certificado de Depósito Bancário (CDBs) são uma opção fácil de ser contratada, bastante versátil, disponível em prazos variados, indexadores e com ou sem liquidez e, por isso, flexível para todo tipo de objetivo financeiro.
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“Além disso, o CDB tem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) de até R$ 250 mil por CPF, o que acaba tornando o produto bastante conservador nesse ponto de vista do risco de crédito também”, diz Larissa Frias, planejadora financeira do C6 Bank.
Esses títulos são emitido por instituições financeiras e cada um deles tem uma taxa diferente de acordo com o risco e prazos envolvidos. As instituições menores tendem a pagar mais taxas em relação aos grandes bancos, por causa do fator de risco de crédito.
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“Consideramos um bom CDB aquele que entrega ao menos 100% do CDI para o investidor”, diz Andressa Bergamo, sócia-fundadora da AVG Capital.
Por ter tanta variedade, cada instituição financeira tem o seu produto. Mas a pedido do E-Investidor, o analista de renda fixa da Money Wise Research, Ivan Eugênio, fez um exercício de taxa média para saber quanto rendem R$ 10 mil, R$ 20 mil e R$ 50 mil investidos em CDB no curto, médio e longo prazo.
Ele focou o cálculo em títulos pós-fixados usando uma taxa Selic de 8,5% ao ano para um prazo de dois anos. “Conforme o último relatório Focus, teremos uma Selic terminal em 9% em 2024 e de 8,5% nos anos seguintes. Por isso usei essa taxa para facilitar as contas”, explicou.
Simulações
Confira a simulação para um CDB que remunera 100% do CDI:
- No curto prazo (até um ano), os R$ 10 mil, R$ 20 mil e R$ 50 mil aplicados resultariam em num retorno bruto de R$ 10.840,00, R$ 21.680,00 e R$ 54.200,00;
- No médio prazo (dois anos de investimento) o resultado seria R$ 11.750,00, R$ 23.501,12 e R$ 58.752,80;
- No longo prazo (cinco anos de investimento), o retorno bruto seria: R$ 14.967,40, R$ 29.934,90 e R$ 74.837,01, respectivamente.
É válido observar que os juros compostos fazem uma enorme diferença ao longo do tempo, permitindo que uma rentabilidade bruta em cima de R$ 10 mil, por exemplo, salte de R$ 840 no primeiro ano para R$ 1.750 após dois anos.
Eugênio lembra de outra questão importante, o Imposto de Renda (IR). “Quanto maior o tempo do investimento, menor o imposto que deverá ser pago.” O investidor que permanece com o investimento até 180 dias (aproximadamente 6 meses), paga uma alíquota de 22,5%, já aquele que permanece com o investimento por mais de 720 dias (aproximadamente 2 anos) paga uma alíquota de 15%.
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A equipe de planejamento financeiro do C6 Bank também atendeu ao pedido do E-Investidor e fez simulações com os mesmos valores e prazos, com CDBs emitidos pela instituição financeira. O ensaio foi mais além e incluiu, além dos pós-fixados, os produtos prefixados e híbridos, apresentados o rendimento bruto e o líquido após a incidência do Imposto de Renda. A inflação não foi considerada no resultado:
O modelo apresentado pelo C6 usa taxas de DI futuro diferentes para cada prazo. Larissa Frias explica que esse cuidado foi tomado porque o CDI, que acompanha a taxa básica de juros e economia, a Selic, hoje está em 10,75 % ao ano.
"O CDI roda sempre uns 0,10 pontos abaixo, assim, está mais ou menos em 10,65% ao ano, mas essa taxa varia com o tempo", observa a especialista do banco. Ela lembra do consenso de mercado para mais um corte de 0,50 pontos na próxima reunião do Copom de maio.
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"Se a gente já sabe que vai cair (o juro) e eu uso o retorno de hoje, eu vou gerar uma expectativa de retorno maior do que a realidade do meu investimento", explica Larissa Frias.