A Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) está coletando opiniões de participantes do mercado sobre a possibilidade de negociar ações 24 horas por dia, segundo mostra uma reportagem do jornal Financial Times publicada nesta segunda-feira (22). A proposta teria ganhado destaque após o crescente movimento do mercado de criptomoedas, que funciona sem interrupções durante toda a semana.
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A pesquisa da NYSE, realizada por sua equipe de análise de dados, tem perguntado aos entrevistados se eles consideram que as negociações 24 horas por dia deveriam ocorrer apenas de segunda à sexta-feira ou também incluir os finais de semana. Questiona ainda como os investidores deveriam ser protegidos das oscilações de preços e como participariam dos pregões noturnos.
Vale lembrar que, atualmente, a NYSE opera de segunda à sexta-feira, exceto em feriados, entre às 9h30 e 16h do horário local. A Bolsa é supervisionada diretamente pela Securities and Exchange Commission (SEC) – a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) americana – e controlada quanto à sua estabilidade e segurança. Por esse motivo, para alterar quaisquer regras, necessita da aprovação do órgão regulador.
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O levantamento da NYSE ocorre no momento em que a startup 24 Exchange busca a aprovação da SEC para lançar a primeira Bolsa de Valores com funcionamento 24 horas por dia. O pedido é a segunda tentativa da empresa, que retirou uma proposta no ano passado por questões operacionais e técnicas. Até agora, o órgão regulador ainda não emitiu um parecer sobre a solicitação da startup.
E no Brasil?
Em setembro de 2023, a B3 anunciou sua intenção de alterar os horários de negociação dos ativos na Bolsa de Valores brasileira. Num primeiro momento, a ideia é que apenas alguns derivativos participem da mudança, que ainda precisa ser avaliada em conversas com reguladores e outros agentes do mercado.
A medida pretende garantir maior acesso dos investidores ao mercado de capitais. Com a ampliação, a B3 busca proporcionar mais flexibilidade para as negociações de forma gradativa. Nesta reportagem, o E-Investidor ouviu representantes de diferentes corretoras para saber qual é a opinião deles sobre a possível mudança.