O Bradesco BBI avalia como desfavorável a reforma tributária para as empresas do setor de educação, especialmente para aquelas que atuam no segmento básico de graduação, onde atualmente os índices de impostos são considerados “muito baixos”.
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Embora o setor educacional seja beneficiado com uma redução de 60% no imposto IBS e a isenção do imposto CBS para a graduação devido ao Programa Universidade para Todos (Prouni), ainda existem preocupações sobre o impacto geral da reforma tributária no setor.
Atualmente, as empresas do setor enfrentam uma taxa de ISS variando de 2 a 5%, dependendo da localização da cidade, e estão isentas dos impostos PIS e Cofins devido à adesão ao Prouni. Com a aprovação da reforma tributária, prevê-se um aumento na carga tributária, o que impactará diretamente as finanças das empresas do setor.
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Os analistas Marcio Osako e Caio Rocha destacam que a Ânima (ANIM3) deverá ser a empresa mais afetada por essas mudanças, devido à sua margem líquida mais baixa em comparação com seus pares. Eles projetam uma redução de 10% nos créditos tributários potenciais, uma vez que os aumentos de preços serão necessários para compensar esse aumento na carga tributária.
A reforma tributária, introduzida pelo governo federal brasileiro por meio do projeto de lei PLP 68/2024, tem como objetivo principal a criação dos impostos sobre valor agregado IBS (compartilhado entre estados e municípios) e CBS (federal), substituindo diversos outros impostos, como IPI, ISS, ICMS, PIS e COFINS. O processo de transição está previsto para iniciar em 2026, com uma estimativa inicial de alíquota de imposto de 26,5% (17,7% para o IBS e 8,8% para o CBS).