As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta terça-feira (30), após rodada de dados macroeconômicos dos Estados Unidos adiarem para novembro a expectativa por início dos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que publica decisão monetária amanhã.
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No fechamento, o índice Dow Jones caiu 1,49%, aos 37.815,92 pontos; o S&P 500 teve queda de 1,57%, aos 5.035,69 pontos; e o Nasdaq desvalorizou 2,04%, aos 15.657,82 pontos. No mês, o Dow Jones caiu 5%, seu pior resultado mensal desde setembro de 2022; o S&P 500 caiu 4,17% e o Nasdaq 4,41%. Todos os índices tiveram a primeira queda mensal desde outubro de 2023.
Na divisão de setores da S&P 500, tecnologia teve a pior queda mensal (-4,5%), segundo o MarketWatch.
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Wall Street parece cada vez mais cética quanto ao início do ciclo de cortes de juros pelo Fed neste ano. Após rodada de dados macroeconômicos, o mercado adiou de setembro (48,9%) para novembro (59,4%) a probabilidade majoritária de redução nos Fed funds, segundo ferramenta do CME Group. A chance de manutenção nos juros até dezembro também aumentou de 18,4% para 25%.
Hoje, o Departamento do Trabalho informou que o índice de custo de emprego (ECI, na sigla em inglês) acelerou no primeiro trimestre do ano em ritmo mais forte que o esperado. Para a Navellier, o dado reforça que o Fed não deverá cortar juros em breve, como esperado anteriormente.
De todo modo, o foco dos investidores deve recair sobre a divulgação da decisão monetária do Fed e do discurso do presidente Jerome Powell amanhã.
Fora do cenário macro, os holofotes recaem sobre a temporada de balanços. Na ponta positiva, 3M subiu 4,72%, após agradar em lucro e receita. Já McDonald’s (-0,19%) e Coca-Cola (-0,48%) fecharam em queda, na esteira dos resultados corporativos. Após o fechamento, Amazon (-3,29%) e AMD (-1,14%) divulgam seus balanços.
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Entre outros destaques, a Tesla caiu 5,55%, corrigindo fortes ganhos recentes. Em nota, o Bank of America (BofA) mantém recomendação de compra e avalia que o novo sistema de software aprovado por autoridades chinesas, segundo relatos da mídia, deve ajudar a diferenciar os carros da Tesla, aumentando a demanda e gerando ganhos de US$ 2 bilhões até 2030.