O Banrisul (BRSR6) tende a ser o banco listado mais impactado pela tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul, afirma o Bradesco BBI. Sediada no Estado, a instituição é também a mais exposta a ele entre as que são cobertas pela casa. Nos próximos 12 meses, o impacto sobre o lucro pode chegar a 16,1%.
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O cálculo do BBI considerou o tamanho das exposições de risco de cada banco e sua exposição ao Rio Grande do Sul. “O Banrisul tem a maior exposição à região (uma exposição de 52,9% ao Sul do Brasil), seguido pelo ABC Brasil (ABCB4), com 18,9%, Banco do Brasil (BBAS3) com 12,2%, BTG Pactual (BPAC11), com 10,6%, Santander Brasil (SANB11), com 10% e pelo Itaú (ITUB4), com 7,2%”, afirma a equipe liderada por Gustavo Schroden.
Os demais bancos teriam impacto menor: o lucro do ABC pode ser reduzido em 3,8%; o do BB, em 2,6%; o do Santander, em 1,9%; o do Itaú, em 1,4%; e o do BTG, em 0,4%.
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De acordo com o relatório, a análise é limitada pelas informações dadas pelos bancos sobre quanto de sua carteira de crédito está em cada Estado. O cálculo utilizou ainda o retorno sobre os ativos (ROA, na sigla em inglês) médio dos últimos cinco anos, além do menor ROE no mesmo período, incluído no cálculo como um cenário pessimista.
A análise do BBI vem após os bancos anunciarem medidas de flexibilização para os clientes da região, diante da destruição de cidades e estruturas produtivas, além das mortes.
Entre os bancos cobertos pelo Bradesco BBI, foram anunciadas medidas como a suspensão da cobrança de tarifas e de débitos, bem como condições facilitadas de renegociação de dívidas para clientes das regiões afetadas.