A repercussão sobre a decisão sobre juros do Comitê de Política Monetária (Copom) fica no radar no Brasil e as definições de política monetária na Inglaterra e no México são destaques externos, além da divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos e falas de autoridades monetárias. A safra de balanços no Brasil segue pujante, com resultados de B3 (B3SA3), CSN (CSNA3), Magazine Luiza (MGLU3) e Suzano (SUZB3), após o fechamento dos mercados. O Tesouro Nacional faz leilão de títulos prefixados.
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A quinta-feira (9) começa com indefinição e moderação dos ativos internacionais, em dia de agenda de indicadores esvaziada, enquanto ecoam sinais duros no sentido de que os juros americanos poderão ficar elevados por mais tempo do que o imaginado. Os índices futuros de ações de Nova York caem, enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) e o dólar ante outras moedas fortes avançam.
Na Europa, os investidores se dividem entre notícias corporativas, como o balanço da Telefónica, a oferta hostil do BBVA pelo banco Sabadell e a espera pela divulgação da decisão de juros na Inglaterra. A expectativa é que o banco central inglês deixe seu juro básico inalterado pela sexta vez consecutiva, em 5,25%, mas comece a preparar o terreno para um eventual corte, mais adiante. Também estão no radar comentários de autoridades dos grandes bancos centrais ao longo do dia. Confira como operam as bolsas europeias nesta manhã.
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Na Ásia, as bolsas da China continental e de Hong Kong fecharam com ganhos, destoando das demais, após dados chineses de comércio exterior melhores do que o esperado. As exportações da China tiveram alta anual de 1,5%, depois de caírem no mês anterior. Já as importações saltaram 8,4% em abril, bem mais do que se previa.
Agenda econômica do Brasil
O viés negativo dos índices futuros de ações em Nova York e o Copom dividido na decisão de juros nessa quarta-feira à noite devem pesar no Ibovespa, que ainda avalia uma série de balanços como Braskem (BRKM5) – veja os detalhes aqui – e Eletrobras (ELET3;ELET6) – confira aqui –, entre outros.
No pré-mercado norte-americano nesta manhã, o EWZ, principal fundo de índice (ETF) brasileiro, caía 0,93%, dando continuidade ao recuo da véspera, após à decisão do Banco Central (BC) de reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual, a 10,50%.
Os ADRs (American Depositary Receipts, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) caem após o minério de ferro ceder 1,65% em Dalian, apesar de números melhores da balança comercial chinesa.
No pregão desta quarta-feira (8), o Ibovespa subiu para o nível dos 129 mil pontos, dado que a divulgação da Selic de maio só foi feita após o fechamento da B3. Além da pressão dos Treasuries, a curva futura deve abrir em reação ao Copom hawkish (que significa adoção de política austera, com taxas de juros mais altas), mas com quatro votos dovish (atrelado à redução da taxa de juros).
A alta do dólar no exterior pode espelhar no câmbio, mas dados chineses podem estimular o real para cima, enquanto os investidores, no geral, esperam algum comentário do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a decisão do Copom. Ontem, ele preferiu não falar sobre o assunto.
Agenda do dia
O Banco Central da Inglaterra (BoE) divulga sua decisão de política monetária (8h). No México, a decisão sobre juros sairá às 16 horas.
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Os EUA divulgam os pedidos de auxílio-desemprego (9h30) e a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de São Francisco, Mary Daly, participa de evento (15h). O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, discursa em evento (9h15).
Entre os balanços no Brasil, destaque aos resultados de B3, CSN, Magazine Luiza e Suzano. Há ainda o leilão de prefixados do Tesouro.
*Com Broadcast: Silvana Rocha e Maria Regina Silva