O ouro fechou em alta nesta sexta-feira (10), em meio a expectativas sobre juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Dados dos EUA apontaram queda no sentimento econômico e aumento nas expectativas de inflação de 1 ano e de 5 anos, enquanto dirigentes do BC americano mantiveram postura cautelosa sobre a política monetária.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 1,48%, a US$ 2.375,00 a onça-troy.
O ouro conseguiu manter ganhos diante do quadro econômico incerto dos Estados Unidos e de uma “exaustão nas atividades de venda”, segundo o TD Securities, apesar da força dos juros dos Treasuries. Hoje, leitura preliminar da Universidade de Michigan apontou deterioração no sentimento do consumidor, a 67,4, e aumento na expectativa de inflação em 1 ano.
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Analista de Mercado na corretora XS.com, Rania Gule avalia que investidores parecem esperançosos sobre um corte de juros do Fed. No entanto, dirigentes do BC americano mantiveram postura cautelosa ao mencionar próximos passos de política monetária nesta sexta-feira.
Presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan afirmou que é prematuro considerar a redução dos custos dos empréstimos, devido aos dados de inflação desanimadores no início do ano. Neel Kashkari (Minneapolis) apontou que há incerteza quanto ao ritmo de crescimento dos Estados Unidos, em um cenário de inflação ainda elevada, e sinalizou que os juros devem permanecer restritivos por algum tempo.
Mais rígida, Michelle Bowman defendeu agir de forma “cuidadosa e deliberada” para atingir meta de inflação de 2%, acrescentando que não espera redução de juros em 2024. Por sua vez, Raphael Bostic (Atlanta) disse que o Fed deverá cortar juros uma única vez neste ano ainda que o momento e amplitude do relaxamento monetário sejam incertos e novas quedas da inflação ocorram em ritmo lento.