Os contratos futuros de cobre fecharam em alta nesta sexta-feira (10), atingindo seu maior valor desde abril de 2022. Apesar de poucos novos desdobramentos relevantes para o mercado, o cenário de oferta reduzida em meio a uma demanda elevada segue pesando nos preços. A este desequilíbrio, nesta semana se somou ainda a perspectiva de cortes de juros pelos principais bancos centrais, o que impulsiona as projeções para a demanda.
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O cobre para julho fechou em alta de 1,69%, a US$ 4,6625 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses subia 0,78% por volta das 14h05 (de Brasília), a US$ 10.028,00 a tonelada. Na semana, as altas foram de 1,95% e 1,15%, respectivamente.
“Os metais caminham para ganhos em quase cinco semanas, à medida que crescem as esperanças geopolíticas e de cortes nas taxas de juros pelos principais bancos centrais”, afirma o analista Peter Cardillo, da Spartan Capital. O TD Securities destaca que traders reportam limitações logísticas depois da última rodada de sanções sobre metais da Rússia, diminuindo a disponibilidade regional e criando “lucro modesto para soluções mais criativas”.
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O Bank of America lembra que a eletrificação é um fator chave na procura de cobre. Por sua vez, o foco na demanda está mudando dos veículos elétricos para os data center. “A falta de oferta de minas e a procura dos data center são construtivas para o cobre, enquanto as disputas comerciais podem levar a alguma volatilidade na procura e nos preços”, aponta, lembrando as questões envolvendo Estados Unidos e China.
Entre outros metais negociados na LME, no horário acima, a tonelada do alumínio operava em queda de 1,73%, a US$ 2.523,50; a do chumbo caia 0,22%, a US$ 2.228,00; a do níquel avançava 0,37%, a US$ 19.145,00; a do estanho tinha baixa de 1,28%, a US$ 32.105,00; e a do zinco subia 1,19%, a US$ 2.944,50.