Os retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) recuaram nesta quarta-feira (15), em meio às sinalizações de abrandamento da inflação e da economia americana após as leituras do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA e vendas no varejo do país em abril abaixo da expectativa.
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Às 17h (de Brasília), o juro da T-note de 2 anos recuava a 4,734%; o da T-note de 10 anos caía a 4,351%; e o do T-bond de 30 anos tinha queda a 4,510%. Nas mínimas, as taxas operaram nos menores níveis em cerca de 1 mês.
De acordo com o Departamento do Trabalho, o índice cheio do CPI americano e o núcleo – que exclui itens voláteis como alimentos e energia – subiram 0,3% em abril ante março, respectivamente. Na comparação anual, o CPI aumentou 3,4% e o núcleo subiu 3,6% em abril, desacelerando em relação aos avanços de 3,5% e 3,8% em março, respectivamente.
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Os números vieram em linha com as projeções, e indicam uma desaceleração que agrada mas ainda não convence o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para reduzir as taxas – pelo menor por ora. Segundo monitoramento do CME Group, o primeiro corte de juros deve acontecer na reunião de setembro, que tem pouco mais de 75% de chance de se concretizar.
No agregado do ano, a ferramenta prevê cenário mais provável de redução de 50 pontos-base nos juros, com probabilidade de 38,4%. O CME agora registra chance maior para redução acumulada de 75 PB do que para apenas uma de 25 pontos-base. Segundo a Capital Economics, as novas leituras de inflação fazem com que os rendimentos dos Treasuries entrem em uma nova etapa, em que recuam mais aceleradamente.
Também hoje, a leitura de abril de vendas no varejo americana ficou estável, enquanto era esperado um avanço de 0,4% ao mês, na comparação com março. Para o Citi, o número reforça que o consumidor americano está sentindo a inflação e os juros altos, enquanto o sentimento se deteriora.