O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira (16), em meio a expectativa por aumento na demanda e por cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Contudo, analistas alertam que ainda há risco de baixa para os preços.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em alta de 0,76% (US$ 0,60), a US$ 79,23 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho teve ganho de 0,63% (US$ 0,52), a US$ 83,27 por barril.
Na visão do TD Securities, o rali do petróleo conseguiu se manter nesta quinta-feira ainda graças a queda nos estoques de petróleo dos EUA, combinada com um sentimento de apetite por risco. “Mas a margem para um posicionamento seguro no mercado de energia continua fina”, alerta o banco de investimentos, acrescentando que os preços do petróleo podem sofrer com volatilidade.
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Analistas consultados pelo Broadcast apontam que o mercado de energia também espera novos cortes de produção pela Opep+, na próxima reunião ministerial. O ANZ pondera que ao cartel enfrentará uma decisão difícil em sua reunião, com três cenários possíveis: estender, relaxar ou retirar completamente os cortes voluntários de 2,2 milhões de barris por dia (bpd). Para o banco, os fundamentos sugerem que o mercado pode lidar com um aumento de produção no segundo semestre, mas o fim dos cortes levaria a um processo severo de venda no mercado de futuros.
Os fortes incêndios florestais no Canadá também ameaçam a oferta global do petróleo, segundo a Rystad Energy. O desastre natural pode prejudicar a produção de mais de 2 milhões de bpd por dia na província de Alberta, embora nenhum impacto tenha sido relatado até o momento.
Por outro lado, os Estados Unidos estão se preparando para priorizar a emissão de licenças de operação na Venezuela para empresas com que já têm produção de petróleo e ativos no país, disseram duas fontes à Reuters. A medida parece ter sido projetada para incentivar as empresas que têm projetos congelados devido às sanções dos EUA, como a italiana Eni e a espanhola Repsol, a expandir suas operações, recuperar dívidas pendentes e adicionar petróleo aos mercados globais.
*Com informações da Dow Jones Newswires
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