O Santander (SANB11) cortou o preço-alvo para as ações da Hypera (HYPE3) de R$ 41,50 para R$ 33,50, diante da expectativa de o momento de ganhos da empresa e o perfil de geração de caixa permaneçam fracos no curto prazo. O novo preço representa um potencial de valorização de 8% sobre o fechamento do papel no pregão da última segunda-feira (20). A recomendação neutra foi mantida.
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Em relatório, os analistas Caio Moscardini, Karoline Silva Correia e Guilherme Gripp destacam que mesmo que o mercado farmacêutico esteja forte nos primeiros quatro meses de 2024, crescendo 11,7% no comparativo anual, isso não reflete um resultado “milagroso” para a companhia, destacando que dados recentes mostram tendências pouco inspiradoras para as categorias de ‘tosse, resfriado, febre e dor’, que representam cerca de 30% das receitas da Hypera.
Os analistas observam que o segmento de ‘tosse e resfriado’ pode enfrentar outro ano de crescimento lento. “As temperaturas estão tendendo a um nível mais alto no Brasil, o que afeta negativamente a transmissibilidade dos vírus. Além disso, dados recentes do Ministério da Saúde mostraram que o número total de casos de SARS (síndrome respiratória aguda grave) diminuiu 32% ano a ano nos primeiros quatro meses de 2024. Reduzindo estimativas e aumentando taxas de desconto”, aponta trecho do relatório.
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O Santander reduziu as expectativas para as receitas, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e lucro líquido em média por 5% ao longo de 2024 a 2027, com as estimativas agora amplamente alinhadas com a orientação da empresa para 2024.
Para o banco, mesmo com dificuldades de ver catalisadores orgânicos à frente, as receitas da Hypera, margem Ebitda e orientação de lucro líquido para 2024 parecem viáveis, com um pequeno risco de queda.
Com o novo preço-alvo, o banco calcula que a ação da empresa pode ser negociada com múltiplo de 11,5 vezes a relação entre preço e lucro (P/E) previsto para 2024, maior que o múltiplo de 10,5 vezes considerando o preço atual da ação.