Assessor de investimentos é o nome popularmente dado aos agentes autônomos de investimentos (AAI). Em linhas gerais, a função desses profissionais é fazer a mediação entre instituições financeiras (das quais são representantes) e a base de clientes que elas atendem.
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A atividade consiste em apresentar ativos financeiros e orientar investidores que, todos os dias, procuram alternativas que façam seu dinheiro render.
No Brasil, a profissão pode ser exercida tanto em sociedade como de maneira individual. No entanto, para atuar como AAI, é necessária certificação junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), de acordo com o Portal do Investidor, da página oficial Gov.br.
A remuneração desses profissionais é feita a partir de uma comissão de acordo com o produto financeiro vendido aos clientes que eles atendem — conhecida no mercado como ‘rebate’. A ideia por trás do termo em inglês é a de abatimento, ou desconto.
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De acordo com o Glassdoor, plataforma de dados com salários de diversas atividades, um assessor de investimentos no Brasil estaria na faixa de remuneração mensal entre R$ 3 mil e R$ 8 mil. A média, segundo a ferramenta, fica em R$ 4,1 mil. Os dados têm como base 30 salários enviados de maneira sigilosa e foram atualizados em 1º de junho de 2024.
No entanto, ao pesquisar na plataforma pelos termos agente autônomo de investimentos, os valores apresentados são outros: faixa salarial entre R$ 2 mil e R$ 6 mil, e média de remuneração mensal de R$ 4,5 mil. Com esse filtro, a base de dados leva em conta 44 salários informados e atualização em 30 de maio deste ano.
O valor taxado e repassado aos assessores de investimentos pode variar de forma expressiva, de acordo com o ativo negociado. Isso porque a comissão está embutida no produto oferecido pelo AAI.
O produto com maior rendimento para o cliente é também o que melhor remunera o assessor? Nem sempre. Inevitável que essa constatação levante discussões éticas relacionadas a eventuais conflitos de interesse, destrinchados nesta e nesta matéria.