Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) firmaram queda ao longo da tarde desta quarta-feira (5), após terem ficado instável no final da manhã em meio a indicadores de emprego e serviços que apontaram sinais divergentes sobre a maior economia do planeta.
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Por volta das 17h (de Brasília), a taxa da T-note de 2 anos cedia a 4,723%, o da T-note de 10 anos caía a 4,280% e o do T-bond de 30 anos recuava a 4,432%.
O mercado tem consolidado a expectativa mais firme de que o banco central americano abra o ciclo de relaxamento monetário em setembro e promova dois cortes da taxa básica este ano, conforme sugere a plataforma do CME Group que monitora o comportamento da curva futura.
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O movimento reflete, em particular, uma sequência de dados que indicaram evidências de desaceleração da atividade nos EUA. Hoje, o relatório da ADP apontou criação de empregos no setor privado dos EUA em nível menor que o esperado em maio, em uma tendência que impôs pressão sobre os rendimentos da renda fixa americana.
No entanto, as leituras de índices de gerentes de compras (PMI) da S&P Global e do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) para o setor de serviços nos EUA contrariaram a narrativa vigente de uma economia mais fraca.
Assim, logo após as divulgações, os juros dos Treasuries ganharam força e chegaram a tocar em território positivo em alguns dos vértices.
À tarde, contudo, o sinal negativo voltou a se impor nos retornos dos títulos públicos americanos. Agora, os investidores passam a aguardar a divulgação do relatório oficial de empregos nos EUA, o payroll, que sairá na sexta-feira. Para o BMO Capital Markets, uma eventual geração de postos de trabalho abaixo de 100 mil em abril abriria caminho para o juro da T-note de 10 anos testar mínimas na faixa de 4,25%.
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