Após renovarem máximas na última quarta-feira, a manhã desta quinta-feira (6) é de sinais mistos para as principais bolsas internacionais, com os índices futuros de Nova York perto da estabilidade e os mercados europeus em leve alta antes da decisão do Banco Central Europeu (BCE) – esse ânimo no velho continente decorre da expectativa de que a instituição inicie (finalmente) um ciclo de corte de juros, reduzindo suas taxas em 0,25 pp, para 3,75% a de depósito, 4,25% a de refinanciamento e 4,50% a de empréstimo.
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Em outros mercados, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) sobem, após as quedas nas sessões anteriores, mas ainda com os investidores precificando quase totalmente dois cortes das fed funds (equivalente à taxa Selic no Brasil) em 2024, o dólar mostra pouco fôlego frente às demais divisas, os contratos futuros do petróleo rondam a estabilidade, mesmo depois do Ministro de Energia saudita alertar que os aumentos de produção planejados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) podem ser revertidos, enquanto os preços futuros do minério de ferro subiram após três quedas seguidas em Singapura.
Mesmo descolado do exterior, o cenário externo mais ameno ainda não sugere uma recuperação técnica para os ativos locais nesta quinta-feira – de fato, o EWZ, principal ETF brasileiro negociado no exterior, operava estável no pré-mercado.
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Entre os direcionadores, assim como foi a sessão anterior, as incertezas relacionadas ao front fiscal (conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas e realiza despesas) devem continuar limitando o humor dos investidores – especialmente as novas regras de tributação que vêm sendo ventiladas.
Neste sentido, o mercado deve repercutir a aprovação, no Senado, do projeto de lei que institui o programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), de incentivo ao setor automotivo e à descarbonização da frota, já que junto com a proposta foi aprovada a taxação de compras internacionais com valor de até US$ 50.
Agenda econômica
Brasil: Sem maiores indicadores, as atenções se voltam aos eventos, entre os quais se destacam os do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto (9h e 19h30). O diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, também discursa (12h).
EUA: O BCE decide sua taxa de juros (9h15), evento seguido de coletiva à imprensa com a presidente da instituição, Christine Lagarde (9h45).
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