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Hapvida (HAPV3) será afetada pelo reajuste da ANS para planos de saúde?

A notícia do ajuste pesou sobre as ações da companhia, cujos planos individuais correspondem a 17% da carteira

Hapvida (HAPV3) será afetada pelo reajuste da ANS para planos de saúde?
Fachada de uma unidade de atendimento da Hapvida (HAPV3), em Fortaleza (CE) (Foto: Rebeca Soares/repórter do E-Investidor)

Hapvida (HAPV3) deve ser pouco afetada pelo reajuste anual de 6,91% da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde individuais, divulgado na terça-feira (4), afirmam analistas ouvidos pelo Broadcast. Os planos individuais são 17% da carteira da companhia.

O Goldman Sachs considerou que o anúncio tem efeito neutro para a empresa, mesmo com o reajuste ficando abaixo das expectativas de mercado, que era de um aumento de 7% a 8%.

“Esperamos um crescimento médio do ticket de 7,9% e 7,0% ao ano em 2024 e 2025, respectivamente, indicando uma desaceleração em relação aos 10% de 2023.”, afirmam os analistas Emerson Vieira e Gustavo Miele.

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Os ajustes são aplicados na data de “aniversário” do contrato do plano, portanto, o impacto total só será observado em abril de 2025.

O analista Rafael Passos, da Ajax Asset Management, é de uma opinião similar. “Apesar de estar abaixo do esperado, é improvável que cause uma surpresa negativa na dinâmica de lucro de Hapvida e de Rede D’Or (RDOR3) e no número de beneficiários de planos de saúde”, afirma. Os planos individuais representam 2% da carteira da SulAmérica, controlada pela Rede d’Or.

Apesar dessa visão positiva, a notícia pesou sobre as ações nesta quarta-feira. Hapvida esteve entre as maiores quedas do Ibovespa chegando a registrar perdas de 3,20%, batendo mínima intradia de R$ 3,93. Mas fechou a R$ 3,95, uma queda de 2,71%. Rede D’Or caiu 0,92%, a R$ 26,90.

Sinistralidade

O reajuste da ANS veio abaixo da previsão do Citi, que esperava um aumento de 7,6%, e da média pré-coronavírus, que era de 9,2%. “Consideramos o reajuste de 6,9% modesto frente aos desafios contínuos de sinistralidade de planos de saúde (MLR). Isso pode alimentar discussões sobre possíveis flexibilizações na regulação de preços para indivíduos”, aponta o Citi.

Marcelo Inoue, da Perfin, acrescenta que o reajuste poderia ajudar a compensar essa pressão do aumento da sinistralidade, o que agora ficará comprometido.

Na previsão do Goldman, a MLR da Hapvida ficará em 68,6% em 2024 e 68,1% em 2025.

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